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A versão 1.0 do hatch da Hyundai utiliza o mesmo motor que já equipa o Picanto | Arquivo/ Gazeta do Povo
A versão 1.0 do hatch da Hyundai utiliza o mesmo motor que já equipa o Picanto| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo

Fábrica

Ocupando uma área de 1,4 milhão de m2, a unidade da Hyundai em Piracicaba (SP) tem investimento próprio dos sul-coreanos e produzirá 150 mil unidades já no primeiro ano de operação.

  • Para o test-drive na pista, a marca disponibilizou apenas uma versão do carro camuflada
  • Projeção de como será o visual do HB fabricado no Brasil
  • Woong-Chul Yang, vice chairman de Pesquisa e Desenvolvimento da Hyundai

Com grandes chances de manter oficialmente o nome HB (Hyundai Brasil), o novo compacto nacional da marca coreana começa a ser produzido em setembro na fábrica da Hyundai em Piracicaba, no interior de São Paulo, e começa a ser vendido em outubro. Com desenho arrojado, interior bem acabado e motores 1.0 e 1.6, o novo carro promete dar uma boa sacudida no mercado.

Além disto, a Hyundai pretende ainda ir mais longe lançando em 2013 o "HB" sedã e o "HB" aventureiro. Das 150 mil unidades previstas de produção por ano na fábrica de Piracicaba, 90 mil estão reservadas apenas para o hat­ch. Para conhecer de perto o carro, desenvolvido especificamente para o mercado brasileiro, fomos até a Coreia do Sul e participamos de um rápido test-drive com um modelo camuflado para não estragar a surpresa de seu lançamento no Brasil. Tudo acompanhado de perto por um grande número de engenheiros ávidos por opiniões.

Os motores 1.0 e 1.6, ambos flex, usados pelo hatch são os mesmos que já equipam o Picanto (80 cv) e o Soul (130 cv), da marca coirmã Kia. O carro terá câmbio manual de cinco marchas na versão 1.0, e na 1.6 vai contar com transmissão automática de quatro velocidades. Durante a apresentação do carro sem disfarce, onde não foram permitidas fotografias, deu para observar que o visual do hatch conta com linhas harmoniosas e modernas, como se fosse um Hyundai de luxo ou esportivo. Na traseira, as lanternas invadem as laterais e o aerofólio dá um tom de esportividade.

Por dentro, o painel bem acabado, com formas sinuosas, tem baixo relevo na porção central, o que destaca ainda mais esta região, com o rádio cercado por duas saídas de ventilação verticais no alto e os comandos do ar-condicionado (velocidade, temperatura e direcionador de fluxo) e teclas do pisca-alerta e do desembaçador traseiro mais abaixo. A cobertura superior em forma de aba garante boa visualização do quadro de instrumentos – conta-giros e velocímetro grandes separados por uma tela digital de fundo azul com caracteres brancos. Os faróis principais e os de neblina são acionados na alavanca esquerda. Os botões dos vidros elétricos ficam ao alcance das mãos, no apoio de braço das portas, mas os retrovisores elétricos são regulados por meio de um botão no painel, à esquerda do volante.

De acordo com algumas informações prestadas pelos executivos da Hyundai, o hatch pesa uma tonelada e seu porta-malas é de 300 litros. O carro vai oferecer, de série, duplo airbag, ar-condicionado, travas elétricas e maçanetas e retrovisores na cor preta já na versão de entrada. Ficará posicionado na faixa dos R$ 30 mil para enfrentar os compactos Gol, Uno, Palio, Fiesta, Sandero, 207 e, principalmente, o Toyota Etios.

Na pista

Rodamos com o 1.0, que oferece uma performance adequada para a sua categoria. A coluna de direção, com ajuste de altura e profundidade, e o banco do motorista, com regulagem de altura, facilitam a tarefa de encontrar boa posição de dirigir. O câmbio está bem posicionado e tem troca de marchas precisas, sem que seja necessário pisar muito na embreagem. O espaço interno não deixa a desejar, mesmo para os passageiros de trás. A visibilidade também é ampla, com espelhos retrovisores grandes e bem desenhados.

Evolução Modelos da marca se destacam pelo design

Não há dúvidas de que os carros coreanos evoluíram muito e rápido em termos de design. De acordo com o vice chairman de Pesquisa e Desenvolvimento da Hyundai, Woong-Chul Yang, para que isto ocorresse foi necessário adotar um processo bem competitivo entre as equipes de designers da Hyundai espalhadas pelo mundo. Com frequência as equipes trabalham separadamente em seus projetos, que depois são julgados por uma comissão no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, na Coreia. Além do projeto que conquistou o primeiro lugar, os outros dois classificados também são aprimorados. Assim, a marca não fica apenas com um novo projeto e sim com três. A padronização do visual dos modelos resultou em um aumento de 20% nas vendas dos carros no mercado norte-americano, informou FrankAhrens, diretor global da Hyundai.

O jornalista viajou a convite da Hyundai.

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