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Um dos destaques do carro são as portas com abertura tipo “tesoura” | Renyere Trovão/ Gazeta do Povo
Um dos destaques do carro são as portas com abertura tipo “tesoura”| Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo

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O Lobini não traz estepe. No lugar dele, existe apenas uma garrafinha de selante para pneus.

Série limitada

Em setembro, a marca irá lançar uma edição limitada, na cor branca. Serão de três a cinco unidades produzidas. O nome da série ainda não foi escolhido.

Inspiração

O modelo veio a público pela primeira vez no Salão do Automóvel de São Paulo, em 2002. Ele foi idealizado pelos empresários paulistas José Orlando Lobo e Fábio Bironili – das junções dos sobrenomes surgiu o Lobini. As primeiras unidades começaram a ser vendidas em 2005.

Lacuna

O H1 preencheu uma lacuna de quase 20 anos na criação nacional de veículos fora-de-série. Os mais antigos lembram com saudosismo do Puma, Miura e Farus, que tiveram sua época áurea entre o fim dos anos 70 e 80, mas que acabaram extintos com a invasão dos importados.

  • A capota rígida é acoplada à parte traseira do carro, entre o santantônio e a aerofólio
  • O kit Lobini fornecido pela Volkswagen traz painel com apelo esportivo

Em 2007 a reportagem da Gazeta do Povo teve o primeiro contato com o Lobini H1. Aceleramos o esportivo brasileiro de dois lugares no Au­­tódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais. É claro que num circuito a impressão seria a melhor possível. Afinal, o modelo é impulsionado por um motor turbo 1.8 20V de 4 cilindros, capaz de gerar 180 cavalos de potência e 25,5 kgfm de torque máximo. Números que talvez não animem muito os fãs da velocidade, mas para um carro que pesa apenas 1.025 quilos e de dimensões compactas – 3,73 metros de comprimento (menor que um VW Gol), 1,18 m de altura e 1,80 m de largura –, são suficientes para elevar a taxa de adrenalina.

Segundo o fabricante, o Lobini pode acelerar da imobilidade aos 100 km/h abaixo dos 6 segundos e atingir velocidade final de 230 km/h. Na reta de Pinhais, foi possível ultrapassar os 170 km/h sem exigir muito do pedal direito.

Mas o seleto grupo de consumidores do Lobini dificilmente irá acelerar num autódromo. A passarela para exibir sua exclusividade são as ruas e rodovias. Por isso, sentamos novamente no banco tipo concha desse fora-de-série para analisar agora o comportamento na cidade.

Neste hiato de quase três anos entre uma avaliação e outra, pouca coisa mudou. O motor Volkswagen emprestado do Golf GTi/Audi A3 é o mesmo, bem como a estrutura tubular em aço e a carroceria em plástico reforçada com fibra de carbono. Já as suspensões independentes foram recalibradas para atender com mais conforto as exigências de uma via pública. "O aprimoramento foi feito por um engenheiro da Lotus (marca inglesa)", afirma Antônio De Gennaro, do departamento Comer­cial da Lobini.

Apesar dos limitadores de velocidade espalhados pelas ruas de Curitiba, não há como resistir àquela coceirinha de pisar fundo em alguns trechos de tráfego mais rá­­pido. As saídas de semáforos, en­­tão, são um convite para gru­­dar as costas no assento, sensação potencializada pela tração traseira. A relação de marchas mais curta proporciona agilidade nas ar­­ran­­cadas e ultrapassagens. A suspensão retrabalhada deu mais ma­­ciez no rodar ao então arisco "lobo" – o logo da mar­­­ca é o desenho da cabeça do animal.

Mesmo sem controle de estabilidade e freios ABS, o Targa (conversível com teto removível rígido) atendeu com segurança ao comando do motorista. Só tome cuidado com a rapidez na resposta da direção. Ela pode surpreender os menos iniciados com o Lobini, principalmente nas mudanças de direção.

Por ser um veículo baixo, praticamente grudado ao chão, fizemos o teste da lombada, que foi superada sem "enrosco". Também não se no­­tou trepidações acentuadas ao passar por pisos mais irregulares.

Quem quiser circular pelas ruas com a pegada de um bólido de corrida terá de desembolsar a partir de R$ 130 mil. O H1 traz de série direção hidráulica, ar-condicionado, painel móvel em conjunto com o volante, portas com abertura elétrica vertical (tipo tesoura), CD player com MP3, vidros elétricos, botão de partida, rodas aro 17" e bancos reclináveis.

Como opcionais há controlador de velocidade, navegador, faróis de xenônio e cinto de segurança de quatro pontos. A capota rígida é fácil de remover de foma manual (pesa apenas 5 kg) e é facilmente acoplada so­­bre a parte de trás do veículo, logo aci­­ma do motor.

A limitadíssima fabricação – uma unidade/mês – permite ao cliente personalizar ao seu gosto. Da carroceria com mais de 10 mil opções de cores aos puxadores da porta e manopla do câmbio que podem vir em cromo acetinado (prata fosco) ou brilhante. "Ele participa da produção. Fazemos questão de levá-lo à fábrica de Cotia (SP)."

A compra pode ser feita nas duas revendas paulistas da marca, em Itu e Paulínia, a pronta entrega (configuração pa­­drão) ou sob encomenda (personalizada) – nessa o cliente dá uma entrada de 30% e o restante é pago na entrega, que demora até 40 dias. A marca oferece garantia total de um ano e a manutenção é feita so­­mente na fábrica.

Serviço

Lobini Veículos – (11) 4777-0185 ou (11) 7733-2165.

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