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Ainda pouco conhecida no Brasil, a MAN é uma das maiores fabricantes de caminhões da Europa. Em 2008, comercializou quase 100 mil unidades | Fotos: Wagner Maligrine/Divulgação
Ainda pouco conhecida no Brasil, a MAN é uma das maiores fabricantes de caminhões da Europa. Em 2008, comercializou quase 100 mil unidades| Foto: Fotos: Wagner Maligrine/Divulgação

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Com a aquisição da VWCO (por R$ 3,1 bilhões), a MAN tornou-se o 3º maior produtor de caminhões do planeta.

No mundo

A MAN distribui seus produtos em 130 países e no ano passado vendeu 96.400 caminhões e 7.200 ônibus e plataformas de ônibus. Detém 16,6% do mercado europeu de caminhões acima de 6 toneladas.

Marca líder

A VWCO é único braço da mon­tadora alemã que produz cami­nhões e ônibus no mundo. Aparece no primeiro lugar em vendas no Brasil (31,9%), de janeiro a agosto deste ano, seguida de Mercedes-Benz (27,6%) e Ford (18,6%). Volvo, Iveco e Scania se revezam mês a mês nas demais posições.

Futuro

Num prazo de 4 a 5 anos, a fábrica da VWCO em Resende (RJ)também irá desenvolver as linhas de caminhões leves e médios da MAN.

  • O interior das versões TGS e TGX, que vêm para o Brasil, é amplo e confortável
  • O painel exibe as inúmeras tecnologias empregadas nos modelos MAN

Munique - No máximo em dois anos os caminhões do grupo MAN começarão a circular pelas estradas brasileiras. A marca, que tem sede em Munique, na Alemanha, é sucesso de vendas na Europa. Os veículos que desembarcarão no país serão da linha TGS e TGX, acima de 26 toneladas de peso total. Tratam-se dos primeiros lançamentos no mercado nacional da MAN Latin America, empresa recém-criada após a aquisição da Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) em dezembro do ano passado. As versões serão produzidas em Resende (RJ), onde fica a planta da VWCO.

O apresentação oficial da MAN Latin America e de seus veículos acontecerá na Fenatran 2009 – o Salão Internacional do Transporte –, de 26 a 30 deste mês, em São Paulo. A ideia é popularizar a marca no país, que já é conhecida por muitos transportadores rodoviários de carga. A chegada da nova empresa não significa o fim da atividade da linha de caminhões e ônibus da VWCO. "A nova empresa representa agora duas marcas, a MAN e a Volkswagen", explicou Ro­­berto Cortes, presidente da VWCO. Segundo ele, os modelos MAN também não disputarão o espaço ocupado pelos veículos VW. O caminhão mais pesado da Volks tem 370 cv, enquanto que os extrapesados da MAN estão enquadrados entre 400 e 540 cv. Porém, as marcas dividirão os mesmos showrooms e serviços de pós-venda da rede VWCO.

As linhas TGS e TGX possuem chassis de dois a quatro eixos e oferecem dois comprimentos diferentes de cabine e duas alturas de teto. Os motores são de seis cilindros em linha com a injeção commom-rail. A série TGS atenderá as áreas de construção civil (basculantes); trans­­porte frigorífico; de bebidas e de materiais de construção; ou na utilização municipal. A faixa de potência que virá para o Brasil gira entre 400 e 480 cv. Para aplicações na construção, a série oferece do câmbio automático à versão Tip­­Ma­­tic Offroad. Nessa última, a trans­­missão é programada para realizar mudanças somente a uma rotação mais elevada, mantendo as trocas de marcha bastante curtas de forma que quase não há in­­terrupção na força de tração. Isso oti­­miza a propulsão em areia, la­­ma ou aclives.

Já a linha TGX é direcionada ao transporte pesado a longa distância. Os motores a serem utilizados por aqui devem ser os de 480 e 540 cv. O modelo tem ainda um pro­pul­sor V8 de 680 cv, mas por en­­quanto não se cogita a sua comercialização no mercado sul-americano. As cabines podem ser configuradas em três tamanhos, com uma largura de 2,4 metros. A altura total no interior atinge 2,10 me­­tros.

Reconhecidas na Velho Con­­tinente pela alta tecnologia embarcada, as séries pesadas da MAN oferecem um pacote abrangente de sistemas eletrônicos de assistências, como programa de estabilidade eletrônico (ESP), que apoia o mo­­­torista quando o veículo ameaça derrapar ou virar; estabilização da oscilação ativa (CDC), que reduz os movimentos de oscilação e inclinação em curvas, mudanças de faixa ou nas fortes manobras de fre­­nagem; e o Adaptive Cruise Con­­trol (ACC), que mantém, via radar, uma distância de segurança constante em relação ao veículo à frente.

Assim que começarem a ser produzidos por aqui, os modelos da MAN receberão o motor MWV Internacional, que ao lado da Cum­­mins, equipa atualmente os produtos da VWCO. Os preços ainda não foram definidos – na Eu­­ropa, partem de 200 mil euros (cerca de R$ 520 mil).

O jornalista viajou a convite da MAN Latin America.

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