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A pressão deve ser verificada pelo menos uma vez por semana e com os pneus frios | Arquivo/ Gazeta do Povo
A pressão deve ser verificada pelo menos uma vez por semana e com os pneus frios| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo

Saiba mais: Veículos top já trazem sensor para monitorar a pressão

Alguns veículos têm um sensor que monitora a pressão dos pneus, equipamento que será obrigatório na Europa a partir de 2012. Para saber a pressão, basta o motorista conferir no painel de instrumentos. Se a pressão estiver abaixo da recomendada ou o pneu estiver furado, este sistema emite um alerta. Em alguns modelos mais sofisticados este sistema é tão eficiente que tem a função de calibrar os pneus sem a intervenção do motorista.

Como a borracha é um material permeável e o ar acaba escapando, mesmo se a válvula do pneu estiver perfeita, o motorista deve tomar cuidado para manter a pressão do pneu indicada pelo fabricante do veículo. E esta medida é de fundamental importância, já que existe uma grande diferença no comportamento do veículo se os pneus estiverem murchos (com menos pressão) ou mais rígidos (com mais pressão).

O supervisor de engenharia de veículos da Ford, Linus De Paoli, explica que antes de o fabricante determinar a pressão do pneu vá­­rios fatores são estudados até al­­cançar um equilíbrio. Por isso, é importante que a calibragem dos pneus esteja dentro dos parâmetros estabelecidos pelo manual do proprietário.

De acordo com Linus, os principais fatores observados no projeto de um carro em relação à pressão dos pneus são: o peso que terão que suportar; a medida (se for de per­­fil baixo, a pressão deve ser maior); o conforto para os ocupantes; a economia de combustível; a durabilidade dos componentes do veículo; e a segurança, já que esse fator pode alterar o comportamen­to dinâmico do carro.

Rodar com os pneus vazios au­­menta as chances de as rodas amas­­sarem, já que a superfície do pneu se deforma com mais facilidade e a roda pode ser danificada facilmente. Se o impacto for muito grande, além da roda, a suspensão pode ficar comprometida. Como nessas condições existe maior dissipação da energia, o consumo de combustível aumenta. Quando a pressão dos pneus está baixa, o desgaste é irregular (concentrado na extremidade externa do pneu), além de ficar impedido de levar muita carga para o peso não deformar demais os pneus. Por fim, se estiver muito vazio, o pneu pode até sair do aro.

Se o motorista deixar os pneus cheios demais, o conforto fica com­­prometido porque eles passam a não absorver as imperfeições do piso. E esse impacto também compromete a durabilidade de outros componentes. Nessas condições, os pneus também sofrem desgaste irregular (concentrado no meio), além da perda de aderência. A única vantagem de deixar a pressão mais alta é a redução do consumo de combustível, que, devido aos vários outros pontos negativos, não vale a pena.

Situações extremas

Segundo o engenheiro da Ford, não é necessário alterar a pressão nos trechos urbanos mais esburacados porque os testes realizados pelos fabricantes são feitos em várias condições de terreno. Mas existem situações extremas em que a pressão recomendada pode (e às vezes deve) ser diferente. Em areia fofa, o motorista pode diminuir a pressão dos pneus para aumentar a área de contato e impedir que o carro afunde. Já num caminho com pedras grandes o melhor é elevar a pressão para a roda não amassar.

Por isso, a pressão deve ser verificada pelo menos uma vez por semana e com os pneus frios. Se for viajar com carga máxima (passageiros e bagagens) é importante conferir no manual do proprietário qual é a pressão indicada para essa condição. Há modelos em que a pressão é a mesma para qualquer condição. Linus conta que existe uma tolerância de 1,5 libra, mas o motorista não deve abusar dessa diferença porque não é possível saber se os calibradores dos postos de combustível estão corretamente aferidos.

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