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Custom de baixa cilindrada é um veículo de transporte, ideal para a cidade | Gustavo Epifânio/Infomoto
Custom de baixa cilindrada é um veículo de transporte, ideal para a cidade| Foto: Gustavo Epifânio/Infomoto
  • Encosto para o garupa é um dos itens de bom gosto do modelo
  • Tanque de combustível, de 13 litros, é o maior da categoria
  • Piscas modernos destoam do conjunto apresentado pela custom
  • Piscas modernos destoam do conjunto apresentado pela custom
  • O motor da Mirage 150 gera 13,4 cavalos de potência
  • Miolo da ignição está em uma posição desconfortável
  • Marcador de combustível: sob chuva, embaça
  • Painel é simples e traz as informações básicas ao piloto
  • Veja a ficha técnica da Kasinski Mirage 150

A Mirage 150 foi lançada pela Kasinski no último Salão Duas Rodas, realizado em outubro, no Anhembi (SP). A custom de baixa cilindrada é um dos primeiros produtos da marca com tecnologia da chinesa Zongshen. Com­­pleto, o modelo conta com partida elétrica, freio a disco na dianteira, rodas de liga leve e motor carburado de 149,4 cm³ de capa­ci­­dade cúbica. A moto oferece bom nível de acabamento e preço bastante competitivo: R$ 5.390.

Para analisarmos um novo pro­­duto, temos de levar em consideração vários aspectos: proposta, custo-benefício, estilo, mo­­­torização, ciclística e conforto. Como é uma custom de baixa cilindrada, fica clara sua proposta urbana, ou seja, se transformar em um veículo de transporte. Pode servir de companheira para levar o motociclista ao trabalho, faculdade, clube ou até para dar um "rolé" no fim de semana. O que deve ficar evidente é que a Mirage 150 não foi fa­­­bricada para ser uma motocicleta utilitária.

O modelo tem preço sugerido mais alto do que suas principais concorrentes, mas leva vantagem em termos de qualidade e itens oferecidos. Só para comparar, a Dafra Kansas 150 custa R$ 4.990 e a Suzuki Intruder 125 tem preço promocional de R$ 5.375, só que fabricada em 2008, modelo 2009. Uma particularidade: todas essas custom pequenas utilizam tecnologia chinesa.

Conforto e desenho

A máxima "ame ou odeie" é inerente a qualquer moto custom. A pequenina da Kasinski não foge à regra, já que muitos motociclistas não se sentem atraídos por seu estilo. Preferem uma legítima street ou uma trail. Por outro lado, a Mirage 150 é um modelo que se destaca na multidão largamente dominada pelas Honda CG Titan.

Ao subir na moto, gratas surpresas no que diz respeito à ergonomia e ao conforto. A posição de pilotagem é agradável em fun­­ção do desenho do guidão e também do posicionamento das pedaleiras, mais a frente.

O banco em dois níveis, decorado com rebites e aliado ao en­­costo para a garupa (sissy-bar) au­­mentam o nível de confor­to do novo modelo da Ka­­sins­­ki. Ou­­tro diferencial é que a Mi­­rage 150 já traz de série um su­­porte para a instalação de um bauleto. Para maior co­­modidade, a moto conta com descanso lateral e cavalete central.

No conjunto, além das ro­­das de liga leve e das peças cromadas, o que chama a atenção é o tanque de gasolina, com ca­­­­pacidade para 13 litros, o maior entre a concorrência. Uma boa marca para uma custom urbana. Integrado ao compartimento há o mostrador de combustível. Pena que rodando na chuva entrou água no local e o mostrador embaçou. Outro de­­­talhe que desagradou foi o posicionamento do miolo da ignição, que fica sob a mesa e junto à co­­­luna de direção (ao lado da buzina).

A moto conta ainda com escape com ponteira em alumínio e lampejador de farol alto. Já os pis­­­cas são muito modernos para uma custom e destoam do conjunto.

Motor e ciclística

Simples, o motor carburado da Ka­­­sinski Mirage 150 é um monocilíndrico de 149,4 cm³ de capacidade cúbica e com comando sim­­ples no cabeçote. Trabalhan­do "redondo" e de forma linear, o motor da mini-custom gera 13,4 cv a 8.000 rpm de potência máxima e 1,38 kgf.m a 6.000 rpm de torque máximo. O propulsor tem um balanceiro para reduzir a vibração.

A Mirage não é um exemplo de de­­­sempenho, mas em função de sua proposta dá perfeitamente conta do recado. Porém não po­­demos julgar sua durabilidade e resistência, já que este é um teste de curta duração.

Na parte ciclística, receitas tradicionais, porém eficientes. Na dianteira, disco simples de 240 mm de diâmetro e garfo te­­les­cópico da marca Showa, com 135 mm de curso. Já na traseira, freio a tambor de 135 mm de diâmetro e suspensão bichoque, com 55 mm de curso e cinco posições de ajuste. Com piso se­­co, a moto é fácil de pilotar e oferece mudanças de direção precisas. Agora, com pista molhada a aten­­ção deve ser redobrada. A unidade testada estava calçada com pneus chineses fabricados pela Cheng Chin que comprome­teram a dirigibilidade. Em uma freada mais brusca sob chuva, a dianteira chegou a escorregar. O pneu dianteiro é muito parecido com o utilizado nas CGs 125 da década de 70, com um de­­­senho da banda de rodagem bastante ultrapassado.

O ideal seria a troca dos pneus da Mirage 150 por modelos produzidos no Brasil ou com desenhos mais modernos. Com certeza novos pneus oferecerão me­­lhor aderência, além de ajudarem na absorção dos impactos. Resu­­mindo: investir na segurança do consumidor nunca é demais.

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