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O velho ditado de que a "mulher no volante é perigo constante" já está mais do que superado. Ainda por cima se ao lado dela no carro estiver o marido ou namorado, que exagerou na bebida e tem dificuldades até para entrar no veículo.

A comerciante curitibana Kylviane Réboli Kern, de 30 anos, é um bom exemplo de que com a mulher na direção a viagem é bem mais segura. Não adepta ao álcool, ela tem consciência dos perigos que estão concentrados em alguns copos de cerveja. "Meu marido sempre bebe quando saímos. Por isso, na hora de voltar eu troco de lugar com ele no volante. Já é uma coisa natural e ele entende sem problema", conta Kylviane, que costuma servir de chofer também para os amigos na volta da balada. "De maneira alguma vou como passageiro de uma pessoa que tenha exagerado na dose. Prefiro pegar um táxi", enfatiza.

O marido Luciano José Zonatto, 33 anos, funcionário público, reconhece a consciência da esposa, mas às vezes não segue o exemplo de casa. Já chegou a dirigir alcoolizado voltando de uma festa. "Apesar de beber nas baladas, sou light quando estou na direção. Não costumo correr e diminuo na quantidade de álcool", relata Luciano, que brinca afirmando ser o ponto de equilíbrio da dupla. "Ela não bebe nada, já eu tomo além da conta, o que dá um equilíbrio ao casal."

Acordo

A universitária Priscila Florentin, de 22 anos, fez um acordo com o namorado Rafael Osório Neto, de 25 anos. Até deixa de beber quando o casal vai às festas para depois voltar guiando. "Eu achei legal porque assim não me preocupo em beber pouco, pois sei que ela vai dirigir na volta e ela dirige muito bem", elogia Rafael. Agora, se Priscila sai de casa disposta a tomar um "driquezinho" o meio de transporte passa a ser táxi ou ônibus. "Como ele não abre mão da sua cerveja, não vamos de carro. Tivemos um casal de amigos muito próximo que quase perdeu a vida em acidente por ele estar embriagado. Isso nos marcou muito", ressalta Priscila.

Já o auxiliar contábil André Kordel, de 21 anos, não costuma deixar outra pessoa, nem mesmo a namorada, assumir o volante do seu automóvel. Talvez por isso já tenha vivido na pele a experiência de sofrer um acidente sob efeito da bebida. Por sorte, o dano foi apenas financeiro, mas doeu no bolso de André: perto de R$ 4 mil.

"Ao sair de um bar no Batel não percebi que havia um motoqueiro parado no sinal. Quando me dei conta já estava em cima dele. Mesmo pisando no freio, não pude evitar o impacto. Felizmente, ele não se machucou. Já a frente do carro estragou bastante", lembra André, que ficou dois meses com o veículo na oficina. "Passei a ter mais responsabilidade. Quando fiquei sem o carro saía no noite como carona. Pude, então, perceber o risco de se dirigir após uma bebedeira", completa.

Serviço: As fantasias foram cedidas pelo Castelo das Fantasias. Rua Visconde de Nacar, 1053. Fone: (0XX41) 3225-5181/ 3332-6184

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