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Carro-conceito Extrem, feito para o Salão de São Paulo de 2011, foi o primeiro projeto 100% brasileiro da empresa | Marco Antônio Teixeira/Divulgação/Nissan
Carro-conceito Extrem, feito para o Salão de São Paulo de 2011, foi o primeiro projeto 100% brasileiro da empresa| Foto: Marco Antônio Teixeira/Divulgação/Nissan

Análise

Força e inteligência locais impactam mercado global

Taro Ueda, vice-presidente de Design da Nissan Americas

A influência do design local sobre o global ocorre quando o visual do carro é forte e inteligente. Ao alcançar estes dois aspectos, esses modelos acabam impactando sobre a produção mundial, o que leva esses veículos a outros países. Além disso, é muito comum que os automóveis desenvolvidos para uma determinada região agradem a um público muito mais amplo. E é por causa desse sucesso que os carros locais transformam-se em globais.

A Nissan dá mais um passo para abrasileirar a sua produção de veículos e avançar no mercado local. Depois de abrir uma fábrica própria em Resende, no Rio de Janeiro, em abril deste ano, a empresa inaugurou oficialmente na última quarta-feira, dia 6, o seu quinto estúdio internacional de design, o Nissan Design America Rio (NDA-R).

Localizado na sede da montadora, na capital fluminense, o escritório servirá como um centro de pesquisa e desenvolvimento de modelos que atenderão as preferências do nosso mercado. Segundo o vice-presidente de Design da Nissan Americas, Taro Ueda, o estúdio irá ‘competir’ com os já consolidados centros de Atsugi, no Japão, San Diego, nos EUA, Londres, na Inglaterra, e Pequim, na China, para apresentar projetos que poderão resultar em futuros carros de fabricação mundial.

O escritório brasileiro seguirá a filosofia ‘Glocal’ da Nissan – ou seja, de modelos capazes de agradar ao mercado global sem deixar as particularidades de cada região de lado. O primeiro movimento da companhia neste sentido por aqui foi a criação do carro-conceito Extrem. Feito com exclusividade para o Salão do Automóvel de São Paulo, em 2011, o projeto foi desenvolvido inteiramente no país, tendo como base a identidade global da marca: a grade e o capô com formato em ‘V’ e os faróis com desenho em bumerangue.

Entretanto, o modelo também tem as suas peculiaridades, como a forte cor alaranjada e o desenho do petit-pavé da orla de Copacabana reproduzida no teto, o que dá um toque verde e amarelo ao veículo. Além disso, a empresa patrocinou de 2013 a 2014 a escola de samba Acadêmicos do Salgueiro para se aproximar mais da nossa cultura.

Conforme o chefe do departamento de design do NDA-R, Robert Bauer, o Extrem teve boa recepção nos estúdios da montadora espalhados pelo mundo e é visto hoje como uma referência em design dentro da empresa.

O escritório brasileiro da Nissan conta ainda com dois profissionais brasileiros responsáveis pela pesquisa e desenvolvimento do visual externo e interno dos modelos. A iniciativa representa mais uma etapa nos investimentos feitos pela fabricante no país, que neste ano injetou R$ 2,6 bilhões na planta fabril para a montagem do Nissan March.

O jornalista viajou a convite da Nissan

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