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Nissan investiu R$ 2,6 bilhões na nova planta industrial. Empresa terá capacidade para fabricar até 200 mil carros por ano | Divulgação
Nissan investiu R$ 2,6 bilhões na nova planta industrial. Empresa terá capacidade para fabricar até 200 mil carros por ano| Foto: Divulgação

CEO da Nissan faz visita ao Paraná

O CEO da Aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, fará uma visita nesta quinta-feira (17) ao governador do Paraná, Beto Richa, com o intuito de assinar um protocolo de intenções para a futura produção de mais dois modelos no Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais. Um seria a versão picape do utilitário esportivo Duster, este já feito no estado, e o outro a versão tropicalizada do crossover Captur. Na planta paranaense também são produzidos o hatch Sandero e o sedã compacto Logan.

  • Na inauguração em Resende, a Nissan apresentou protótipos do March, que será produzido na nova fábrica

A Nissan inaugurou nesta terça-feira (15) a sua segunda fábrica no Brasil. O Complexo Industrial de Resende, no Rio de Janeiro, recebeu investimentos de R$ 2,6 bilhões, um dos maiores já feitos por uma montadora de automóveis no país, para um ciclo de produção completo, com capacidade total para até 200 mil veículos e 200 mil motores por ano.

Na planta carioca, a marca irá construir pelo menos três veículos. O novo hatch March vai inaugurar a linha de produção e será lançado em maio. Em seguida será a vez da reestilização do sedã compacto Versa, previsto para virar nacional no segundo semestre. Além deles, concorrem para a fabricação local -- até 2016 -- o jipinho Juke, uma das apostas japonesa para mercados emergentes, e o hatch médio Note, que substituiria o aposentado Tiida.

A unidade de Resende soma-se à de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, que compartilha por meio de aliança a mesma estrutura fabril da Renault. De lá saem a família de peruas Livina e a picape Frontier. Mesmo com a abertura de uma fábrica própria no Rio, os negócios no Paraná serão mantidos, garante o presidente Global da Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn.

"Queremos maximizar a produção, por isso continuaremos com a unidade paranaense. É um parque industrial que pertence à aliança", enfatizou o executivo, apesar de deixar claro que a fábrica de Curitiba é da Renault, enquanto que a de Resende pertence à Nissan. "Nosso raciocínio é que elas são independentes, mas com produção compartilhada. A racionalização industrial promoverá a troca de serviços e componentes", destaca.

O motor 1.0 flex usado no March, por exemplo, é o mesmo do Sandero, com ligeira adaptação, feita pela Renault em São José dos Pinhais. Já Resende fará apenas o bloco 1.6 flex, na sua linha de motores.

Primeira japonesa

A inauguração do novo complexo industrial faz a Nissan sonhar com um cenário bem mais animador que seus atuais 2% de market share de mercado brasileiro. A marca projeta atingir 5% da fatia até 2016 e assim se tornar a primeira montadora japonesa em volume de vendas. Este estímulo seria dado, principalmente, por March e Versa, além do novo Sentra, hoje todos com a importação do México limitada pela cota de 4.800 unidades imposta pelo novo regime automotivo.

Só com a nacionalização de March e Versa, a Nissan espera saltar das 78 mil unidades emplacadas em 2013 para 115 mil neste ano, considerando todo o portfólio da Nissan no país. "Vamos crescer mais que as outras, porém é porque estamos bem abaixo no mercado em termos de participação e vamos estrear novos produtos", justifica o CEO da Nissan.

Ghosn lembra que atualmente no Brasil há 175 veículos para cada 1 mil habitantes, quase cinco vezes menos que um país europeu de médio porte. Para ele, esse número no mercado nacional logo chegará a 400 unidades por 1 mil habitantes. "Não estamos investindo neste fábrica para os próximos seis meses, e sim para os próximos dez anos", frisou.

Ghosn avaliou com certo otimismo o futuro desempenho da Nissan diante do quadro de estagnação do mercado observado atualmente, que sinaliza crescer bem aquém dos 3% previstos para 2014. Para o executivo, as empresas que já possuem uma gama de modelos definida no país, nos diferentes segmentos, sentirão mais esta retração. "Algumas já estão sofrendo, outras crescerão dependendo do potencial (de mercado) de cada uma. Estamos tão pequenos diante das demais que dá para crescer acima da previsão".O jornalista viajou a convite da Nissan

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