Crossover
Outback é a versão para todos os terrenos (fotos 3 e 4)
Eleita nos Estados Unidos pela Revista Motor Trend como um dos melhores carros do ano na categoria Crossover, a Outback 2010 desembarca no Brasil na versão top de linha, com motor 3.6 litros de 6 cilindros, que produz 280 cv a 5.600 rpm e 35,7 kgfm de torque a 4.400 rpm. O câmbio é automático de cinco marchas (CVT), com opção de troca nas "borboletas" posicionadas atrás do volante. Com um visual redesenhado, ela está 8% mais espaçosa internamente, segundo a marca.
Versatilidade é o forte da Outback, considerada a pioneira no conceito crossover (ela é produzida desde 1995). O modelo oferece robustez e desempenho para incursões por trilhas, sem abandonar as vantagens de conforto e praticidade disponíveis nas peruas. O sistema integral de tração garante resposta imediata sob qualquer condição de terreno, com estabilidade e agilidade. A capacidade de carga é de 690 litros, podendo alcançar 1.690 l com os bancos rebatidos. O pacote de equipamentos é o mesmo da versão sedã e o seu preço é de R$ 165 mil.
No Brasil, a Subaru ainda está longe de ser uma marca tão badalada quanto as conterrâneas japonesas Toyota e Honda. Não é comum cruzar com um modelo da fabricante asiática circulando por aí. Talvez por isso quando se compra um Subaru a sensação é de exclusividade. Se o produto custar acima dos R$ 100 mil então...
A quinta geração do Legacy, que começou a ser importada recentemente, tem tudo para ajudar o hatch Impreza a projetar a Subaru no mercado nacional. As vendas do sedã grande, apesar de ainda tímidas, dobraram na primeira quinzena de maio em relação ao mesmo período de abril dez unidades contra cinco do mês passado, segundo a Fenabrave (associação que congrega as concessionárias no país). Tá certo que é menos da metade de clientes que levaram para casa o Toyota Camry e o Honda Accord, seus concorrentes mais próximos o primeiro vendeu 36, enquanto o outro faturou 22 nas duas semanas iniciais de maio. Mas o novo Legacy tem atributos para endurecer essa briga.
O três volumes da Subaru vem com modificações no visual. Na frente, os faróis cresceram e trazem linhas mais arredondadas comparadas à geração anterior. Atrás, as lanternas também estão maiores e agora invadem a tampa traseira. A aparência ficou bem mais agressiva e jovial, com um desenho lateral que lembra, inclusive, o Accord. O comprimento é de 4,73 metros, com 2,75 m de entre-eixos (8 cm a mais que o antigo).
A lista de itens de série é bem generosa: freios ABS com controle eletrônico de estabilidade; freio de estacionamento eletrônico; duplo air bag frontal, lateral e de cortina; assento do condutor com comando elétrico e memória na regulagem; sensores de luminosidade e de chuva; lâmpadas de xenônio com sistema autonivelante automático; indicadores de direção nos retrovisores; travamento das portas por controle remoto; teto solar, entre outros.
Quando o assunto é motor, o sucesso da Subaru em ralis de velocidade fica evidenciado. São duas opções 4 cilindros com tecnologia Boxer (cilindros opostos), utilizada também pela Porsche e que confere mais força de tração em baixa rotação. O Legacy de entrada (R$ 110 mil) traz um propulsor 2.0 litros com 170 cv a 6.000 rpm e torque de 20 kgfm a 3.000 rpm. Já o sedã mais caro (R$ 155 mil) vem com bloco 2,5 l GT turbo, que desenvolve 280 cv a 5.600 rpm e torque de 35,7 kgfm a 5.200 rpm.
Ambos trazem uma transmissão automática contínua (CVT) de seis marchas com opção de troca por hastes atrás do volante.
A reportagem fez um ligeiro test-drive com a versão 2.0 pelas ruas próximas à concessionária Uchi Subaru Veículos, no Rebouças, em Curitiba, e pode perceber o belo dueto entre conforto e potência disponíveis no Legacy. Os novos braços de suspensão na traseira deixaram essa geração mais forte e silenciosa. O modelo avaliado calçava rodas de 18 polegadas (as originais são de 16) e, apesar do perfil baixo, as pequenas imperfeições do asfalto foram assimiladas sem incômodo algum aos ocupantes.
Foram possíveis rápidas esticadas no motor, que respondeu prontamente à pressão no pedal direito. Como não saímos do trecho urbano, a tração integral permanente nas quatro rodas não foi testada. Esse mecanismo resulta em maior estabilidade em curvas e permite superar pisos escorregadios na terra.
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