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Veja as opções de scooters disponíveis no mercado| Foto:

Existe um mercado em potencial para os modelos maiores

As novidades no segmento de scooters maiores mostram que há, de fato, um mercado em potencial. Há bastante tempo no mercado, o Suzuki Burgman 400 já está em sua terceira geração por aqui. Entretanto, tem preço de R$ 26.900 – já bem distante dos pequenos.

Mas o último lançamento do setor no Brasil, o Dafra Citycom 300i promete acirrar a briga também no segmento. Com preço sugerido de R$ 12.290, o Citycom de 300cc é fruto da parceria entre a brasileira Dafra e o taiwanês SYM. Segundo o presidente da Dafra, Creso Franco, há consumidores que já possuem scooter e querem trocá-lo por um veículo maior, mas sem abandonar a categoria. Outra novidade é so­­bre o maior scooter vendido no Brasil, o Suzuki Burgman 650. O modelo, que agora será montado no Brasil no regime de CKD, ga­­nhou novas cores e um preço mais convidativo: R$ 37.900. An­­tes, importado, saia por mais de R$ 50 mil.

Olhando para os veículos de duas rodas nas grandes cidades é cada vez mais comum ver scooters em vez de apenas mo­­tocicletas. Além do aumento na quantidade dos práticos veículos, os pilotos são os mais dis­­tintos. Jovens estudantes, mulheres e até mesmo executivos engravatados.As charmosas "motinhos" já são um sucesso na Europa há muitos anos em função de sua praticidade para os curtos deslocamentos urbanos. Mas so­­mente agora começam a cair de vez no gosto do brasileiro. Essa tendência é comprovada a cada novo lançamento do setor de duas rodas.

Até meados de 2009 o Su­­zuki AN 125 Burgman liderava o segmento e tinha pouca concorrência. Seu principal rival era o Yamaha Neo AT 115. Po­­rém a Honda resolveu entrar na briga com lançamento do Lead 110, em junho do ano passado. Depois foi a vez de a Da­­fra trazer o Smart 125 também com injeção eletrônica. Com isso a concorrência se acirrou.

Atualmente, segundo a as­­sessoria da Suzuki, a Burgman 125 está acabando nas concessionárias e uma substituta de­­ve ser lançada em breve. To­­man­­do como base o Lead 110 fica fácil entender o crescimen­to do segmento. No ano de 2009 foram emplacadas 5.765 unidades do scooter de 110 cc da Honda. Neste ano, até agosto, já ganharam as ruas nada menos que 12.583 novas unidades. Mais que o dobro, em menos tempo.

Por que um scooter?

Mas afinal, o que leva tantos motociclistas a comprarem um scooter? A resposta simplificada em apenas uma palavra: praticidade. O tatuador de 34 anos Leonardo Alves tem em sua garagem uma Harley-Da­­vid­­son customizada e uma Burg­­man 125 amarela. Não é difícil saber com qual moto ele vai trabalhar todos os dias. Leo­­nardo usa o scooter por ser um veículo mais ágil, prático e econômico. E seu carro já completa 40 dias parado na garagem.

A facilidade na hora de estacionar também contou pontos para Marcos Camargo. O assessor de imprensa de 26 anos com­­prou recentemente seu ter­­ceiro scooter, um Dafra Smart 125. Para ir e voltar do tra­­balho roda 26 km por dia. De carro gastaria mais combustível e tempo. Nos fins de semana Marcos também usa o scooter para pequenos deslocamentos: "Só uso o carro à noite ou quando está chovendo". A injeção eletrônica, que resulta em menor índice de poluentes e mais economia, foi um dos fa­­tores que o fez optar pelo mo­­de­­lo da Dafra.

Pelo mesmo motivo o engenheiro de 29 anos Rafael Do­­nadio comprou a Lead 110. Até o ano passado ele tinha dois carros. Depois que comprou o scooter, se desfez de um dos automóveis. "De tanto que uso o scooter acabei vendendo meu carro", confessa. Como reside a menos de 10 km de distância do trabalho, Rafael considera no mínimo irracional usar um carro para percorrer essa distância. Um dos elogios do engenheiro vai para o espaço em­­bai­­xo do banco, que torna o veí­­culo prático até mesmo pa­­ra pequenas compras.

Dia-a-dia

No dia-a-dia é que o scooter mos­­tra sua valentia. Apesar da maioria dos modelos ter motor de até 125 cc, o desempenho sur­­preende. Com o baixo peso é fácil sair na frente dos carros e sua agilidade torna fácil a ta­­refa de desviar de obstáculos pe­­lo caminho.

Outro trunfo dos scooters é o câmbio CVT (transmissão con­­tinuamente variável). Pri­meiro porque não exige grande manutenção. E depois porque não é preciso se preocupar com marchas e embreagens. Basta apenas acelerar que o motor e o câmbio fazem todo o trabalho. Um fator positivo para quem cansou de estragar o sa­­pato nos pedais de câmbio.

De olho no bolso

O custo-benefício também é in­­teressante nos scooters. Em uma concessionária Honda, por exemplo, a Lead 110 custa R$ 5.650, apenas R$ 510 a mais que a CG 125 Fan KS, a mais bá­­sica. Os equipamentos de série também são atraentes: todos os scooters vendidos no Brasil são equipados com rodas de liga le­­ve, freio a disco dianteiro e partida elétrica – itens, muitas ve­­zes, ausentes em motos de 125 cc.

Na hora de abastecer, mais economia. Por sua baixa capacidade cúbica, muitos scooters rodam mais de 30 quilômetros com apenas um litro de combustível – apesar de o consumo ser maior que nas motos de 125cc.

Outro fator importante é a praticidade. Todos os modelos têm espaço sobre o banco, al­­guns com capacidade para le­­var até um capacete fechado e outros comportam pelo menos a mochila. Sem falar no espaço que há no porta-luvas no escudo frontal.

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