Novidade
Quarta geração do Clio ganha versão requintada da linha Initiale Paris
Assim como a minivan Space, a quarta geração do Clio entra para o mundo de luxo da linha Initiale Paris. O modelo incorpora uma roupagem sofisticada, com faróis de neblina cromados e luzes diurnas de led, frisos laterais prateados, detalhes metalizados na tampa do porta-malas e escape cromado. Os retrovisores são pintados em preto brilhante e as novas rodas são de 17 polegadas.
Por dentro, os bancos são revestidos em couro de dois tons e o emblema Initiale Paris bordado nos encostos. O couro está presente também no volante e na manopla do câmbio. Detalhes prateados na cabine e nos pedais em alumínio reforçam o requinte interior. As opções de motores são: 0.9, de 90 cv, 1.2, de 120 cv, 1.5 diesel, de 90 cv.
Para os brasileiros, esta versão deverá rodar no país apenas por meio de importação independente, já que a Renault não planeja atualizar o nosso Clio a curto prazo. As vendas mensais do modelo, feito na Argentina, giram em torno de 2,5 mil unidades. Se os números não são um sucesso para um modelo abaixo dos R$ 30 mil, por outro lado satisfazem os planos da Renault, por enquanto. Além disso, outro fator para manter o Clio IV longe do Brasil é o possível canibalismo com o Sandero, esse sim a menina dos olhos da marca no país.
Cotado para ser um dos novos modelos a serem produzidos na fábrica de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, o crossover Captur terá de esperar um pouco mais para ganhar cidadania brasileira. Durante o Salão de Paris, que vai até 19 de outubro, a informação que circula pelo estande da Renault é a de que o modelo deverá aguardar um cenário mais favorável para chegar ao Brasil.
Se quisesse, a marca francesa poderia vender hoje o compacto no Brasil. A empresa concluiu a fase de testes de desempenho e adaptação às nossas estradas e combustível e também o veículo já foi homologado para rodar no país. No entanto, a realidade política e econômica brasileira travou a importação do Captur e, consequentemente, a primeira etapa para uma futura nacionalização.
Um dos entraves é a indefinição de quem sairá vencedor na eleição presidencial. Sem contar os possíveis reflexos causados ao mercado pela escolha do futuro governante, a desvalorização do real frente ao dólar e ao euro também contribuiu para adiar os planos da fabricante. Com essa realidade, a expectativa ficou para, pelo menos, o fim do próximo ano.
Premium
O Captur chegaria para ocupar um nicho premium, acima do utilitário compacto Duster. Por isso, a versão prevista para desembarcar em solo brasileiro seria a topo de gama, com motor 1.2 turbo, de 120 cv, e associado ao câmbio automatizado de dupla embreagem. Uma importação frustrada agora poderia arranhar a imagem do modelo, que viria como uma aposta da marca para gerar volume de vendas.
Sendo assim, por enquanto, o carro que se juntará ao Sandero, Logan e Duster na linha de produção da fábrica paranaense em breve será a inédita picape leve da Renault, baseada no SUV, que desfilará como principal atração da Renault no Salão de São Paulo, no fim deste mês, dividindo o estande com o novo Sandero Stepway e a reestilização do sedã Fluence.
* O jornalista viajou a convite da Anfavea
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