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Cuidados - Evitando o estresse no trânsito

Mulheres grávidas devem evitar longos períodos de atividade veicular para prevenir o estresse físico ao volante. Ao dirigir por muito tempo, as pernas das gestantes incham, prejudicando conseqüentemente o aparelho circulatório do bebê. Assim, não é recomendável que elas dirijam por mais de duas horas, já que os problemas circulatórios são mais comuns na sua condição. Caso seja inevitável dirigir por um período mais longo, a orientação é para que a gestante faça algumas paradas ao longo do trajeto e que, nestes intervalos, aproveite para alongar os músculos do corpo. O uso de meias elásticas também é aconselhável.

Contra o estresse psicológico há outros recursos simples e eficazes. É interessante criar um ambiente agradável no carro, para se desligar do que ocorre no trânsito. Música clássica pode ser uma alternativa para se acalmar, enquanto o rush está um caos lá fora. Pode-se também aproveitar o tempo das paradas para organizar a agenda de compromissos ou massagear a barriga, acariciando o bebê.

Uso do cinto

Ao volante ou no banco do passageiro, as principais orientações para a gestante são:

• É indispensável o uso do cinto de segurança de três pontos, mesmo que seja para percorrer uma distância curta.

• A faixa subabdominal do cinto deve ser encaixada abaixo da saliência abdominal, o mais baixo possível.

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"Gravidez não é doença", diz a sabedoria popular. Assim, as mulheres se sentem capazes de curtir a vida normalmente, inclusive dirigindo até o nono mês de gestação. Os médicos não fazem restrições à prática, desde que elas tomem cuidados para a preservação de suas vidas e de seus bebês.

O uso do cinto de segurança de três pontos, por exemplo, é imprescindível. "Muitas gestantes têm dúvidas quanto ao seu uso e, às vezes, imaginam que as faixas possam machucar o bebê", diz o médico Alberto Francisco Sabbag, Secretário Geral da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). No entanto, reafirma que o uso do cinto de segurança é necessário para evitar ferimentos na mãe, em caso de colisão, que possam afetar o nenê.

Segundo a Abramet, o cinto de segurança é a melhor maneira de proteção num acidente, pois mantém o motorista ou passageiro presos ao banco do veículo no caso de uma batida. Qualquer impacto no carro provoca uma desaceleração brusca e tudo que está solto dentro dele continua com a velocidade anterior. Desta forma, os objetos soltos são projetados e se chocam contra o que está à sua frente, seja painel, volante ou bancos.

Mas é necessário que o cinto de segurança de três pontos seja colocado corretamente. A analista internacional Débora de Lara, 24 anos, que está no sétimo mês de sua primeira gravidez, confessa que descobriu que usava de forma errada o dispositivo de segurança até o quinto mês. Querendo proteger o bebê, ela não colocava a faixa subabdominal, achando que poderia apertar a barriga e machucá-lo. "Então li no livro 'O Que Esperar Quando Se Está Esperando', que não machucava e comecei a usar", diz ela.

No entanto, continuou com um hábito errado. Sendo de estatura baixa, Débora prefere ficar próxima ao volante para se sentir mais segura, o que vai totalmente contra a orientação de se respeitar uma distância mínima de 15cm entre a barriga e a direção. Outra dica é para as motoristas que têm a possibilidade de regular a altura da coluna de direção. De acordo com a Abramet, é indicado que o volante fique na posição mais elevada possível, deixando a direção afastada da barriga da grávida. Já o encosto do banco deve ficar perpendicular ao assento, formando um ângulo de 90 graus, esteja ela na condição de motorista ou passageira.

Sabbag comenta que seria uma utopia aconselhar as gestantes a não dirigirem a partir de determinado mês. "Sua decisão é muito individual. Dentro de sua condição, algumas aceitam a limitação e outras não, inclusive por terem tido experiências anteriores", explica. Débora lembra que dirigir grávida não é uma coisa proibida, mas que ela vai evitar entre o oitavo mês e meio e o nono, quando a barriga estiver maior.

A fotógrafa Vanessa Kosop de Moura, 37 anos, grávida de sete meses, não dispensa o uso do cinto de três pontos e da cadeirinha para o filho de dois anos, Gustavo. Além disso toma outros cuidados quanto à velocidade. "Nunca fui de correr muito; sempre fui mais calma. Mas agora tomo mais cuidado ainda", diz. Ela também evita horários de trânsito intenso. Conta que, no finalzinho da gestação, a barriga fica grande e que a noção de espaço se torna bem diferente para realizar manobras como a curva. Assim, é preciso guiar mais devagar para ter o domínio da direção. "Gravidez e alta velocidade não combinam", atesta Vanessa. Ela diz que vai evitar dirigir no último mês, mas que "parar, não tem como".

Muito comum no primeiro trimestre de gestação são os enjôos e náuseas, que levam muitas mulheres a tomarem medicações, como o Dramin. "Esses remédios causam sonolência excessiva", diz Sabbag, salientando que nestes momentos elas devem deixar a direção.

A Abramet lembra que após o nascimento do bebê, logo na saída da maternidade para casa, o veículo que irá transportar a mãe e o recém-nascido já deve ter uma cadeirinha apropriada. Enfatizando, o bebê não deve ser levado nos braços da mãe. "Temos que estimular a cultura de segurança para prevenir acidentes e preservar a vida", afirma Sabbag.

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