Para atrair clientes, várias concessionárias estão oferecendo a possibilidade de financiar o veículo zero-quilômetro e pagar a primeira parcela só em dezembro.
Mas quem for optar por essa modalidade de compra deve avaliar com cuidado para não ter dores de cabeça. Isso porque parcelar a compra do automóvel com carência até dezembro, aproveitando assim o 13.º salário, pode acabar comprometendo a renda mensal.
Segundo o economista Hugo Meza Pinto, coordenador geral das Faculdades Santa Cruz e professor de Macroeconomia da UnicenP, o ideal é que o consumidor economize e tente comprar à vista. "Não há mágica. As taxas para financiamentos com carência são altas e a pessoa deve estar consciente de que estará pagando a mais por este benefício", salienta. Antes de assinar o contrato, observa o Meza Pinto, o consumidor também deve ponderar se a dívida não irá pesar demais. "Não comprometa mais de 40% da renda com dívidas fixas. Nunca se sabe quando irá ocorrer uma emergência que exigiria um gasto fora do normal", alerta.
Por outro lado, se o consumidor já se decidiu por financiar o veículo com carência, ele deve tomar algumas precauções. "Verifique se a TAC (taxa de abertura de crédito) e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) estão inclusos no financiamento", lembra. Além disso, o consumidor deve ficar atento aos encargos previstos no contrato em caso de atraso no pagamento, como multas e juros.
Opções
Várias concessionárias de Curitiba estão oferecendo a possibilidade de financiar e postergar para o fim do do ano o pagamento do débito inicial. A Volkswagen Servopa oferece o Gol 1.0 por R$ 23.990 (à vista) ou parcelado em 60 vezes de R$ 764 (juros de 1,80% ao mês), com início do pagamento em dezembro. Já a Slaviero financia o Ford Ka 1.0, que custa R$ 20.990 à vista, em 60 prestações de R$ 612,17 (taxa de 1,69% ao mês), também com a primeira parcela somente no último mês do ano. Além disso, o Chevrolet Celta 1.0 pode ser adquirido na CCV em 60 vezes, com parcelas de R$ 780, sendo a primeira para dezembro (com taxa de 2.13% ao mês).
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