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McCarthy: autor de "A Estrada" vendeu a máquina de escrever que comprou em 1963 por 50 dólares. | Divulgação
McCarthy: autor de "A Estrada" vendeu a máquina de escrever que comprou em 1963 por 50 dólares.| Foto: Divulgação

Avaliação - Câmbio manual com resposta mais eficiente

A Gazeta do Povo avaliou a versão SL do Tiida, num trajeto entre Guarulhos e Campos do Jordão, nos câmbios manual e automático. A boa potência agradou, porém nada que arranque suspiros de um condutor com estilo mais esportivo.

Falta pegada abaixo de 3.500 rpm (o torque máximo aparece a 4.800 giros). Com seis marchas, a versão mecânica se mostrou mais eficiente nas ultrapassagens. A 120 km/h em sexta o motor gira tranqüilo e silencioso a 3.000 rpm.

As trocas de marchas no câmbio automático são suaves, garantidas pelo sistema CVT. A transmissão de quatro marchas respondeu prontamente em situações de ultrapassagem e subida, porém em alguns trechos mais íngremes ficou titubeando entre a terceira e quarta.

Ficha técnica

Motor 1.8 16V, gasolinaPotência 124 cv a 5.500 rpmTorque 17,5 kgfm a 4.800 rpmVel. máxima 192 km/h*, 181 km/h**Cons. urbano 11,6 km/l*, 11,2 km/l**Cons. estrada 16,8 km/l*, 16,5 km/l**

*Versão manual, **Versão automático Fonte: Nissan

Guarulhos (SP) – Até pouco tempo falar em Nissan no Brasil era associar a marca a picapes e jipes. A presença da montadora japonesa no mercado nacional se concentrava nos modelos Frontier, XTerra, XTrail e Pathfinder. Em setembro do ano passado, a fabricante deu início a uma estratégia para mudar a imagem de ser especialista apenas em automóveis 4x4. Idealizou o plano Shift Mercosul, que prevê o lançamento de seis novos veículos até 2009. Três deles já estão no mercado: o novo Sentra, o crossover Murano e, desde a última sexta-feira, o hatch médio Tiida.

E caberá a este último a tarefa de mostrar para o consumidor brasileiro que a montadora também sabe fazer carros de passeio. Atributos não faltam. Apesar de possuir visual um pouco estranho, assim como o nome Tiida – derivado do inglês "tide" (movimento, maré) –, o hatch tem no espaço interno e nos itens embarcados seus pontos fortes.

O modelo importado do México (leia-se isento de impostos) compartilha base com o Renault Mégane. Por isso, pode oferecer 1,83 metro de comprimento interior, um recorde em sua categoria. Esse número é traduzido num amplo espaço para os ocupantes do banco traseiro. Em contrapartida, o porta-malas é pequeno, de apenas 289 litros.

As duas versões de acabamento, S e SL, são equipadas com motor 1.8 16V a gasolina, que desenvolve 124 cavalos. A ausência de um propulsor flexível, pelo menos a curto prazo, pode atrapalhar as metas iniciais da Nissan de fechar 2007 com 1.300 unidades vendidas. Mas, a marca tenta compensar essa ausência com um pacote generoso de equipamentos de série.

Na versão mais simples, a S, o condutor já tem à disposição ar-condicionado, direção com assistência elétrica, airbags frontais, conjunto elétrico, alarme, toca-CD e rodas liga leve de 15 polegadas. Enquanto que na SL, os bancos são de couro, o ar-condicionado tem controle digital e os freios contam com ABS, EBD (distribuição eletrônica de frenagem), além de trazer teto-solar.

O Nissan possui ainda outros trunfos, como o de ser o único hatchback de origem japonesa à venda no país, vir com garantia de dois anos (maior do que a dos concorrentes), motor 1.8 com maior potência entre os concorrentes e câmbio manual de seis marchas. Um diferencial do modelo é o seguro a partir de R$ 860, preço com perfil fechado graças à parceria com a Mapfre Seguros.

Mas a boa oferta de equipamentos tem seu preço. Com valores entre R$ 53.290 (S, manual) e R$ 67.590 (SL, automático), o carro competirá numa fatia em que apenas 35% dos hatches médios são vendidos. O grosso deste mercado está nos carros abaixo dos R$ 52 mil.

A versão S com câmbio manual, por exemplo, custa mais que rivais nacionais, como Astra 2.0 Advantage (R$ 46 mil), Stilo 1.8 (R$ 48 mil) e Golf 1.6 (R$ 50 mil). Já a mais cara, a SL automática, tem o preço equiparado aos "argentinos" Focus Ghia 2.0 (R$ 67,4 mil) e Peugeot 307 2.0 versão Feline (R$ 68,4 mil) – aliás, o Tiida ganhou formas que lembram o próprio 307, especialmente na traseira. "Não queremos competir diretamente com o preço, mas sim no custo-benefício", justificou Thomas Besson, presidente da Nissan Mercosul.

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