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 | Fotos: Divulgação/ Engemotors
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Raio-X

Confira os dados do veículo militar:

- O novo motor utilizado no prótotipo do Urutu gera 230 cv, contra 158 cv do antigo. Um ganho de potência de 72 cv.

- O protótipo alcançou a velocidade máxima de 110 km/h em terrenos livres e se mostrou apto a chegar aos 80 km/h em situação off-road.

- Sua autonomia é de 950 quilômetros. Antes das modificações mecânicas era de 750 quilômetros.

- 226 Urutus e mais de 600 Cascavel devem ser restaurados.

  • Posto de comando do Urutu será modernizado
  • Os veículos destinados ao transporte de tropas também são anfíbios

Dado como acabado, já que as unidades existentes há anos estavam estacionadas nos pátios dos batalhões do Exército Brasileiro, o blindado Engesa EE-11 Urutu pode retornar à ativa. O veículo, destinado ao transporte de tropas, também tem como uma das suas principais características o fato de ser anfíbio, mesmo pesando 13 toneladas. Essas qualidades justificaram, em grande parte, sua aceitação pelas forças armadas de vários países da Amé­­­­­rica Latina.Devido a seus atributos, o Exér­­cito Brasileiro optou por reativar os 226 Urutus e mais de 600 Cas­cavel (blindado de concepção me­­cânica semelhante à do Urutu) que estão em inatividade. Com motor bastante ultrapassado, uns com câmbio manual e outros com câmbio automático, porém em grande defasagem em relação à tecnologia existente no momento, deverão passar por uma grande reformulação para voltar à atividade. Com essa reforma os veículos militares estarão aptos para operar por, no mínimo, mais 15 anos. Isso é o que garantem as empresas que estão envolvidas no processo de restauração dos blindados, e que fizeram um protótipo para avaliação do exército.ProtótipoNo modelo atualizado o antigo motor Mercedes-Benz OM 352 foi substituído pelo OM 366 LA militarizado, o que proporcionou um grande ganho de potência (de 158 cv para 230 cv) e, consequentemente, mobilidade. A caixa de mar­­­­­chas original Mercedes G3-36 mecânica foi trocada por uma transmissão automática Allison da série 3000, gerenciada eletronicamente, que vem acoplada à caixa de transferência Engesa que foi totalmente revisada. Nos primeiros testes realizados, o protótipo alcançou a velocidade máxima de 110 km/h em terrenos livres e se mos­­trou apto a chegar aos 80 km/h em situação off-road. Sua autonomia também aumentou significativamente, passando de 750 para 950 quilômetros.Segundo Glauco Bueno da Sil­­va, gerente geral da Engemotors, empresa pertencente ao Grupo Bra­­silia Motors, que está proceden­­do a atualização dos veículos de com­­bate, "um dos motivos da utilização do câmbio automático em todas as unidades do Urutu ou Cas­­cavel fica por conta da geração da maior facilidade de condução. Em um carro de com­­bate, quando em situação de batalha, é muito mais complicado o piloto manter parte da sua atenção dedicada a passar marchas, usar embreagem, escolher a me­­lhor marcha para determinada si­­tuação, etc. Com o câmbio auto­má­­tico, o piloto fica liberado dessas atividades adicionais e pode ficar mais atento para as operações de guerra".Todos os demais sistemas de fun­­­­cionamento do protótipo fo­­ram revistos, entre eles: freios, ei­­xos cardãs, borrachas de vedação da carroceria, pressurização dos di­­­ferenciais, suspensão boomerang e bomba de porão. Os resultados mostram que com as melhorias tecnológicas e mecânicas que foram introduzidas as unidades inativas do Urutu podem ser reativadas e serão muito úteis para o Exér­­­­cito Brasileiro.

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