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Com 172 cv de potência máxima, VFR 1200F promete um comportamento esportivo para longas viagens | Fotos: Divulgação/Honda
Com 172 cv de potência máxima, VFR 1200F promete um comportamento esportivo para longas viagens| Foto: Fotos: Divulgação/Honda
  • Painel com conta-giros analógico, dois displays digitais e indicador de combustível
  • Para frear, a Honda instalou pinças de seis pistões e disco de 320 mm na frente
  • A lanterna traseira acompanha o desenho do conjunto óptico dianteiro
  • A nova VFR 1200F tem transmissão final por eixo-cardã

Na 50.ª edição Salão do Automó­vel, em outubro do ano passado, ela estava lá, imponente, futurista, porém relegada a um segundo plano no estande da Honda Automó­veis. Depois de seis meses, finalmente a nova VFR 1200F desembarca no mercado brasileiro.

Em Curitiba, segundo o gerente André Scarante da Motonda, a motocicleta só deve chegar no fim de abril em uma versão top, com toda a eletrônica e o câmbio automático, e vai custar R$ 75 mil.

O novo modelo, importado, apa­­rece como mais uma opção no segmento sport touring. Seus principais atributos são o design, que parece ter saído de algum mangá ja­­ponês, e o que há de mais moderno em termos de tecnologia em­­barcada. Outro grande diferencial fica por conta do câmbio automáti­co e do inédito sistema de duas em­­breagens controladas eletronicamente. Além de um motor novo: quatro cilindros em "V" que oferecem torque em baixas rotações e en­­­­trega de potência com suavidade.

Coração V4

O conceito V4 que deu origem à VFR 1200F foi apresentado no Intermot 2008, Salão de Motos de Colônia (Alemanha). Chamou atenção de cara pelas linhas futuristas. Na VFR 1200F as inovações já aparecem na carenagem, composta por uma dupla camada (dual layer). Patenteada pela Honda, a principal vantagem desta roupagem é desviar do piloto o ar quente proveniente do motor. Como os parafusos não ficam visíveis, a construção em duas camadas contribui também para o visual "nave espacial" do novo modelo Honda.

O conjunto óptico e a lanterna traseira seguem as mesmas linhas, resultando em um design bastante harmonioso. O painel de instrumentos, também poligonal, traz conta-giros analógico, dois displays digitais, indicadores de nível do combustível, temperatura do líquido de arrefecimento e consumo de combustível. Conta ainda com relógio, indicador da temperatura ambiente e luzes de advertência.

O que dá vida a VFR 1200F é seu motor de quatro cilindros em "V" inclinados a 76º. Com isso, a Hon­­da promete diminuir a vibração, característica dos motores em com esta construção. Com arrefecimento líquido, o propulsor tem 1237 cm3 de capacidade e desenvolve potência máxima de 172,7 cv a 10.000 rpm e torque máximo de 13,2 kgf.m a 8.250 rpm.

Duas embreagens

Outra grande novidade da VFR 1200F é o câmbio automático. Batizado de DCT (Dual Clutch Transmission, ou transmissão com duas embreagens), o sistema oferece um novo conceito de motocicleta sport-touring. Com o objetivo de oferecer mais conforto e segurança, já que o motociclista pode se concentrar apenas na estrada, a VFR não tem manete de embreagem no punho esquerdo e nem pedal de câmbio. Basta ligar a moto, optar entre dois modos de pilotagem e curtir a viagem.

Os dois modos – AT, automático, e MT, manual – podem ser acionados por meio de um seletor no punho direito. O modo automático se assemelha muito a um carro com a mesma proposta. Ao acelerar as mudanças de marchas ocorrerão suavemente no limite do motor. Também há uma opção "S", Sport, no modo automático, que realiza trocas em rotações mais altas no câmbio de seis marchas.

Se o motociclista optar pelo estilo manual (MT), a "tocada" será outra. As mudanças de marcha serão feitas por dois botões no pu­­nho direito, mais ou menos como um câmbio tiptronic dos automóveis. Um botão acionado pelo dedo indicador esquerdo sobe as marchas, enquanto outro acionado pelo polegar da mesma mão faz as reduções.

A suavidade na troca de marchas nos dois modos é garantida pelo sistema de duas embreagens, semelhante ao utilizado nos automóveis Honda. Há um conjunto de embreagem para as marchas ímpares (1.ª, 3.ª e 5.ª) e outro para as pares (2.ª, 4.ª e 6.ª). Com isso a marcha seguinte está sempre engatada pelo segundo conjunto de embreagens. Por exemplo, caso esteja em 2.ª marcha, a outra embreagem já está "quase" engatada na 3ª. Permitindo dessa forma uma mudança muito rápida e sem tranco.

Como tudo é automatizado, ao desligar a moto ela entra em neutro. Para estacionar, a Honda equipou a VFR 1200F com um freio de mão, localizado no punho esquerdo. Por intermédio do freio, o motociclista poderá parar sua motocicleta como se a moto estivesse "engatada".

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