• Carregando...
Os pilotos com menos de 1,70 m – ou com braços curtos – sofrem um pouco nas manobras em baixas velocidades, já que o guidão é bastante aberto | Fotos: Mário Vilaescusa/Infomoto
Os pilotos com menos de 1,70 m – ou com braços curtos – sofrem um pouco nas manobras em baixas velocidades, já que o guidão é bastante aberto| Foto: Fotos: Mário Vilaescusa/Infomoto
  • Muitos cromados, rodas raiadas e painel de instrumentos sob o tanque

Para ser um sucesso de público e crítica o que uma autêntica moto custom deve oferecer ao motociclista? Que tal um motor "torcudo" de dois cilindros em "V", estilo clássico, assento confortável e uma boa posição de pilotagem, sem abrir mão dos cromados? Assim é a Kawasaki Vulcan 900 Classic, fiel representante desta linhagem de motocicletas feitas para encarar centenas de quilômetros de estradas. Totalmente ambientada às normas e ao combustível brasileiro, a Vulcan 900 chegou oficialmente ao país há um ano e custa R$ 35.550.

Quando o piloto liga a Vulcan 900 e começa a rodar, uma coisa fi­­­­­ca evidente: o vigor do V2. O mo­­tor de comando simples no cabeçote, quatro tempos e 903 cm³ de ca­­pa­­­­cidade, gera exatos 50 cv de po­­tên­­cia máxima a 5.700 rpm. Porém é em seu torque e na ampla faixa útil em que estão as principais virtudes desta máquina japonesa. Com 8,0 kgfm de torque máximo já dis­­ponível a 3.700 rpm, a Vulcan tem muita força nas arrancadas, retomadas e em baixas e médias ro­­tações. Isso transmite ao piloto muita segurança, principalmente no caso de uma ultrapassagem. Em função de seus números de torque e potência, a moto tem força su­­fi­ciente para carregar piloto, ga­­rupa e bagagem. Para completar, o propulsor traz injeção eletrônica de combustível, que oferece respostas mais rápidas e sem engasgos.

Como em todos os motores com esta configuração, a vibração está sempre presente, mas neste caso não chega a incomodar. A moto ainda tem câmbio de cinco velocidades e a transmissão feita por meio de correio dentada, como nos modelos Harley-Davidson.

Como na maioria das motos custom, o conjunto de suspensão e freios da Vulcan 900 utiliza receitas para lá de tradicionais. Macias, as suspensões usam, na dianteira, garfo telescópico com tubos 41 mm de diâmetro e 150 mm de curso. Já na traseira, sistema de monoamortecimento com regulagem na pré-carga da mola em sete posições e 100 mm de curso.

O sistema de freios tem disco simples em ambas as rodas. Na dianteira, disco de 300 mm de diâmetro, na traseira, disco de 270 mm. Ambos são mordidos por pinças de pistão duplo. Assim, os freios estão de acordo com a proposta estradeira e suficientes para parar os 254 quilos desta clássica custom.

Conjunto equilibrado

Além de um conjunto ciclístico e mecânico bastante equilibrado, a Kawasaki Vulcan 900 tem tudo para agradar aos fãs de custom clássicas de visual retrô. Muitos cromados, rodas raiadas, painel de instrumentos posicionado sob o tanque de combustível em forma de gota e pedaleiras plataforma. Para completar, pintura monocromática e um discreto logo aplicado na lateral do tanque.

Os pilotos com menos de 1,70 m – ou com braços curtos – sofrem um pouco nas manobras em baixas velocidades, já que o guidão é bastante aberto. As pedaleiras do tipo plataforma oferecem bom apoio para o piloto, porém raspam no asfalto em curvas mais fechadas. Vale ressaltar que esse "defeito" é uma característica dos modelos custom, em função de sua baixa distância livre do solo.

Longa e baixa, a Vulcan 900 oferece um assento confortável e com altura de 680 mm do solo (os baixinhos agradecem). Já o garupa sofre um pouco a bordo da Vulcan 900. O banco é pequeno, não há alças, muito menos encosto (sissy-bar). Outra característica das custom é a possibilidade de "customizar" a moto para seu uso.

Em viagem solo, fica difícil também acomodar a bagagem, já que não existem pontos de fixação – outro detalhe que pode ser resolvido com bolsas laterais, à venda no mercado paralelo.

Já o painel de instrumentos, de fácil visualização, traz informações como hodômetro, velocímetro, marcador de combustível e luzes-espia.

O preço da Kawasaki Vulcan 900 (R$ 35.550) é o mais caro se comparado com o da concorrência e isso pode ser um ponto negativo. A Honda Shadow 750 sai por R$ 29.980 e a Yamaha Midnigth Star 950 custa R$ 34.600, enquanto a Suzuki Boulevard M800, com visual mais moderno, tem preço sugerido de R$ 32.900.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]