A intervenção nas pedageiras faltando três dias para a eleição é ao mesmo tempo um gesto de populismo barato e de desespero eleitoral de Cida Borghetti (PP). Fica evidente até parta o eleitor mais ingênuo que o ato pouco tem a ver com combate a corrupção, e que muito tem a ver com a necessidade da governadora de permanecer no poder.
Que houve corrupção no pedágio parece transparente a essa altura, depois de três delações (e, convenhamos, o preço absurdo sempre foi um indício de que algo não estava certo). Mas Cida não fez nada em seis meses de governo. E também não parece que a ação precisasse ser feita exatamente agora (se é que é necessária).
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Ninguém mesmo dentro do governo conta, por enquanto, qual é a intenção nos próximos dias. Há quem fale que todas as cancelas serão abertas no sábado, véspera de eleição. Há quem fale que haverá redução brusca das tarifas. Tudo isso, óbvio, horas antes do primeiro turno.
Cida e seu time ficam bravos quando são lembrados de que a maior parte das ações nesses seis meses de governo foram marqueteiras, eleitorais. Mas o ato desesperado do pedágio só reforça essa impressão: vale qualquer coisa que renda votos e facilite a reeleição da governadora.
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