Polpettone recheado de mozzarella com tagliolini na manteiga e sálvia, um dos clássicos do La Pasta Gialla. (Foto/ Anacreon de Téos – de meia porção)
Se tudo der certo, ainda neste mês de fevereiro o restaurante La Pasta Gialla abrirá sua nova unidade em Curitiba. Será no Shopping Pátio Batel, no espaço onde funcionou até pouco tempo atrás a Cervejaria Devassa Batel, ao lado da Livraria da Vila.
Os planos, pelo menos, são esses. O que pode impedir são aquelas circunstâncias que instabilizam qualquer prazo de entrega de obra – um pedreiro aqui, um funileiro ali, uma finalização de decoração, encanamento ou o que seja – e que interferem na vontade dos proprietários do estabelecimento.
Que, aliás, de uns tempos para cá já são outros. Todas as referências do Pasta Gialla em Curitiba levavam à empresária Christiane Mansur, que foi a primeira franqueada do restaurateur Sergio Arno no Brasil, ao abrir o restaurante naquele simpático espaço da Rua Coronel Dulcídio, na virada do século. Depois transferiu a casa para um recinto maior, na Praça da Espanha, e abriu a segunda unidade, no ParkShopping Barigui.
O restaurante da praça fechou – e deixou viúvas em todos os cantos, dentre as quais me incluo. Mas o do shopping continua firme, embora em dependências bem mais acanhadas. E já não mais sob a administração de Christiane, que optou por priorizar assuntos familiares, vendendo sua parte do negócio a Sergio Fisbein, que há quase dois anos vem tocando a sociedade com Arno naquele local.
Foi conversando com ele, neste domingo – durante almoço para matar saudades da casa -, que fiquei sabendo da novidade. E descobri também que é irmão de Gerson Fisbein, com quem tive convivência mais próxima nos anos 70/80, ele com músico amador e integrante do MAPA, um movimento musical curitibano que revelou muitos talentos.
Sergio Fisbein é dentista, mas, de uns tempos para cá, transferiu todas as suas energias para o ramo de restaurantes. Começou como um dos sócios-investidores de Junior Durski na primeira fase de expansão da rede Madero e saiu de lá para aproveitar a chance de tocar o seu próprio empreendimento. Não exatamente e plenamente seu, mas a franquia do xará famoso (e, tanto quanto ele, Sergio sem aceto no e), que hoje é referência em comida italiana espalhada pelo país.
Com o mesmo padrão de qualidade exigido pelo criador da marca, que mantém fiscalização rígida e frequente em seus franqueados. Pude comprovar pessoalmente, no almoço domingueiro. Há algumas novidades no cardápio e fomos diretamente a uma delas, na entrada: a Bruschetta com berinjela grelhada (berinjela, ragu de cogumelos, queijo de cabra, alho e azeite de oliva), que sai R$ 33,90, mas pode, muito bem, ser dividida por duas pessoas – e nós estávamos em dois -, pois é feita sobre uma larga fatia de pão italiano. Aliás, como deveriam ser todas as bruschettas. Bem saborosa, a cobertura úmida, como se deve, e com os ingredientes combinados com moderação.
De prato principal fomos num clássico, também perfeitamente divisível por dois: o Polpettone recheado de mozzarella com tagliolini na manteiga e sálvia (R$ 57,20). É meu porto seguro em qualquer Pasta Gialla que vá, muito saboroso, a carne macia e úmida por dentro e o queijo derretendo ao se cortar. Na hora de servir fizeram a gentileza de dividir o prato em dois e cada um à mesa ainda pegou um naco considerável.
De sobremesa, o clássico Tiramisù (R$ 17,60), com calda de café. O vinho foi um Quinta do Cachão, do Douro – importado pela Porto a Porto -, que, por parceria, tem um preço muito especial na carta, além de harmonizar na boa com o prato principal.
E o mais gostoso de tudo foi encontrar a própria Christiane Mansur, que, agora como cliente da casa que fundou, foi almoçar com a família no seu sempre La Pasta Gialla.
A nova casa
O novo La Pasta Gialla, a ser inaugurado, tem tudo para resgatar aquela empatia com os clientes que as unidades de rua possuíam. O atual é bacana, a comida é boa, mantendo o padrão, mas parece ser um tanto devassado para quem aprecia um pouco mais de privacidade – digamos assim.
O espaço físico será maior, com capacidade para 85 lugares (contra 65 do atual) e ainda um upgrade: espaço no terraço do Pátio Batel, com vantagem para outros restaurantes ali estabelecidos pelo fato de estar no terceiro andar, com melhor visão do bosque preservado. Bem no nível da copa do pinheiro – como definiu Sergio Fisbein.
Como escrevi acima, a data oficial de inauguração do novo La Pasta Gialla depende ainda de terceiros ligados às obras. Mas já é certo que o próprio Sergio Arno estará presente no evento, para firmar sua assinatura no novo empreendimento que instala em Curitiba.
A questão é, portanto, aguardar. Ansiosamente, claro, pois um novo La Pasta Gialla e sempre razão para ótima expectativa.
La Pasta Gialla
Park Shopping Barigüi, Loja 30
Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 600 – Campina do Siqueira
Fone: (41) 3317-6910
=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=
Entre em contato com o blog:
Blog anterior: http://anacreonteos.blogspot.com/
Twitter: http://twitter.com/AnacreonDeTeos
E-mail: a-teos@uol.com.br
Deixe sua opinião