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A informalidade carioca com sabor democrático
| Foto: WALTER ALVES / AGENCIA DE NOTICIA GAZETADOPOVO.
Fotos: Walter Alves / Gazeta do Povo

O painel estilizado na fachada do mais novo endereço gastronômico da Rua Itupava, no Alto da XV, anuncia um nome cheio de brasilidade: Forneria Copacabana. Mas o tom do restaurante é outro – tão multiétnico quanto a famosa praia carioca que lhe inspira. Se nas areias da “princesinha do mar” desfilam diferentes rostos e sotaques, no cardápio do restaurante tem espaço para o encontro do sabor peruano do ceviche com o francês crème brûlèe e a mineiríssima vaca atolada. Tudo em um ambiente sofisticado, mas livre de formalidades.

Embora esteja funcionando há algumas semanas em uma espécie de “test-drive”, a forneria abrirá oficialmente no próximo sábado em um evento exclusivo para convidados. O público em geral poderá conferir a novidade a partir da próxima terça-feira. Segundo o chef e proprietário, Beto Madalosso, a essência é a diversificação. “Escolhi o nome Copacabana, mas não queria um restaurante com a temática exclusivamente ligada à cultura carioca. É para ser cosmopolita, mundial”, diz. Preocupação que fica clara do cardápio à decoração, com as paredes preenchidas por fotos captadas em várias partes do mundo pelo próprio empresário.

Dos olhos curiosos de viajante, aliás, veio boa parte das criações que figuram no menu. O ceviche peruano tradicional (R$ 22) foi inspirado naqueles provados durante sua passagem pelo Peru, em 2008. “Era um prato que eu já gostava, embora conhecesse pouco. Quando visitei o país em uma viagem de moto com o meu irmão, comemos muito. Dali surgiu a inspiração”, diz. Referências como esta garantiram um cardápio completo, que tem um pouco de cozinha italiana, brasileira, francesa e sul-americana.

Todas as receitas, garante Madalosso, foram elaboradas com base em alguma recordação. “São lembranças, além das viagens, que remetem a lugares que eu gosto ou até mesmo a minha casa”, diz. Exemplo disso é o Filé do Arthur (R$ 35), corte bovino feito com manteiga temperada e acompanhado por legumes grelhados. O prato é uma homenagem ao chef Arthur Saredi, do restaurante Chalet Suisse. “Sempre como este prato lá. Então um dia pensei, ‘quero muito fazê-lo também’. É uma forma de prestigiar um profissional que eu tanto estimo.”

A maior inspiração foi sua própria mãe, no entanto. “Não só pelas comidas que ela prepara em casa, mas pelos passeios que fazemos, nos quais ela sempre chama a minha atenção para algum prato. Esse cardápio para mim tem uma relação muito familiar”, diz o chef. Desta proximidade saiu um dos carros-chefes da casa, a Costela Copacabana (R$ 29), uma versão da vaca atolada mineira, feita com costela desfiada, aipim e agrião. “Ela prepara este prato em casa. É uma carne mais forte, mais masculina. Algo que faltava no menu do restaurante.”

Assim como o cardápio, o clima do ambiente é analogia fácil à praia de Copacabana. O restaurante é sofisticado, bonito, mas informal. A escolha do imóvel levou isso em conta. A Forneria fica no Alto da XV, região que se tornou um pólo gastronômico em Curitiba. Em poucas quadras, a vizinhança tem bares e restaurantes como a Cantina do Délio, o Menina Zen, o Citra Bar e o Ambiental Bar. “Aqui é uma região menos tradicional, menos careta. Dá um ar despojado ao estabelecimento.”

O imóvel contribui. De linhas arquitetônicas modernas e espaços amplos, permite a divisão em vários ambientes. Em dois andares, há bar, três salões e um espaço semelhante a uma cantina – com forno à lenha bem à mostra. “Ali serão feitas as pizzas (a partir de R$ 27) e os calzones (a partir de R$ 26)”. O maior destaque do projeto é o jardim, com deque de madeira, sofás e um espelho d’água ao centro. “Ele remete ao clima praiano”, define o empresário.

Divulgação

Serviço:

Forneria Copacabana. Rua Itupava, 1.155, Alto da XV – (41) 3363-5565. De terça a sábado, a partir das 19 horas. Capacidade para 140 pessoas. Aceita todos os cartões e tem estacionamento conveniado. www.forneriacopacabana.com.br.

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