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Prato tradicional de Curitiba, Carne de Onça também já apareceu em ranking do TasteAtlas. Na foto, preparo do Barbaran
Prato tradicional de Curitiba, Carne de Onça também já apareceu em ranking do TasteAtlas. Na foto, preparo do Barbaran| Foto: Silmara Pawluzyk

A Carne de Onça teve o pedido de reconhecimento de Indicação Geográfica (IG) protocolado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), nesta terça-feira (21), na modalidade Indicação de Procedência. A ação a reconhece como parte da cultura e da história de Curitiba, e a busca pelo reconhecimento considera a importância da localidade na produção da iguaria. Em 2016, o prato foi oficializado como patrimônio cultural da cidade.

A IG identifica a origem de um produto ou serviço que conta com certas qualidades graças a sua origem, ou então que se trata de uma localidade reconhecida pelo item.

“Nossa região possui uma riqueza étnica abundante, com pratos diferenciados e consolidados”, explica Marcia Giubertoni, consultora do Sebrae/PR. “É um privilégio para o Sebrae/PR apoiar os empresários na busca do que realmente precisava ser protegido”, acrescenta.

A entidade se juntou à Associação Amigos da Onça (AAONÇA) em janeiro deste ano. Juntas, seguiram o protocolo e a metodologia do INPI para realizar a ação, que contou com o engajamento dos empresários locais. Atualmente, mais de 200 restaurantes curitibanos trabalham com a Carne de Onça, informa a associação.

A participação de empreendedores do setor envolveu aspectos como o associativismo, liderança e caracterização, e o levantamento da história, mais a organização de um dossiê com a documentação exigida para a proteção do produto. “Houve um engajamento muito grande dos empresários. E isso aconteceu de forma rápida, permitindo o depósito no INPI ainda no mesmo ano de início do trabalho”, informa.

“Um dos maiores benefícios da IG para a Carne de Onça é a proteção do prato enquanto patrimônio de Curitiba, reconhecimento mundial do único prato típico de Curitiba. E, também, a implementação do turismo no comércio local de bares e restaurantes”, avalia Sérgio Luiz Medeiros, presidente da AAONÇA. O executivo entende que a documentação apresentada ao INPI está bem fundamentada, o que deve garantir a aprovação da Indicação Geográfica. O instituto tem até dois anos para examinar a documentação e determinar a concessão do título.

O processo de estruturação da indicação contou com o apoio da Secretaria de Turismo do Paraná sobretudo na elaboração do Instrumento Oficial de Delimitação Geográfica, documento obrigatório solicitado pelo INPI, órgão responsável por conceder registros de indicações geográficas no Brasil.

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