Eventos Bom Gourmet
Com música e pedalinho, Vinada lota o Passeio
Aproveitar um agradável dia de sol (ainda que tímido) foi o programa das milhares de pessoas que passaram pelo Passeio Público neste sábado (26), durante a segunda edição da Vinada Cultural. O evento teve Regata de Pedalinhos, música celta, instrumental e brasileira, além de, é claro, 14 barracas de cachorro-quente tradicionais na cidade. A Vinada Cultural faz parte do movimento Ocupe o Passeio Público, que começou nas redes sociais, ganhou o apoio da Gazeta do Povo e do poder público.
Famílias e amigos se organizaram para comparecer em peso ao evento. Foi o caso das famílias Donega Boquetti e Müller, que foram ao Passeio de ônibus e provaram juntos pelo menos quatro hot dogs diferentes. “Já comemos o do Senhor Garibaldi, do Scooby-dog, do Yracema e do Au-au”, enumerou Renata Selistre Donega. Assim como eles, outros grupos de amigos e casais combinaram de fazer o mesmo.
Foram vendidos quase 18 mil cachorros-quentes, segundo a organização.
Cada barraquinha foi apadrinhada por um chef de cozinha renomado de Curitiba, que acompanharam de perto toda a produção, das 12 às 18 horas. Houve quem colocou a mão na massa, quem fez campanha pelo parque e quem atendeu o público. O chef Ricardo Filizola (La Cocina), padrinho do Au-Au, entrou na linha de montagem, passando maionese nos sanduíches. Délio Canabrava (Cantina do Délio, Canabenta e Bella Banoffi), padrinho do Senhor Garibaldi, passou de fila em fila distribuindo balões com a logomarca do dogueiro. E Guilherme Guzela, chef e apresentador do Programa Bom Gourmet, andou pelo parque com um megafone fazendo campanha para sua barraquinha — a campeã do evento. “Se você quer comer rapidinho, é no hot dog da Yracema. Nosso lema é ‘ema-ema-ema, vote na Yracema!'”, brincava.
Deu certo. Dos 14 dogueiros, o preferido do público foi o Hot Dog Yracema. A barraca faturou o título de Melhor Cachorro-Quente da Vinada, eleita pelos presentes no evento, “Acho que foi uma combinação de tudo: rapidez, cachorro-quente e campanha. Tentamos preparar tudo para atender mais rápido e vendemos aproximadamente 2,8 mil lanches, uma média de 90 a 100 hot dogs a cada 15 minutos”, avaliou Cristiano Batista dos Santos, um dos proprietários da rede, que tem lojas em Curitiba e Araucária.
Para dançar
Para harmonizar com os lanches, boa música! Três bandas se apresentaram em um palco montado no centro do parque. Quem abriu foi a Gaiteiros de Lume, que apresentou músicas celtas tradicionais para um público curioso e empolgado. O clarinetista e saxofonista Daniel Miranda, acompanhado dos músicos André Prodóssimo (violão) e Lucas Miranda (cavaquinho), fizeram uma bela apresentação de música instrumental logo depois. Em seguida, se apresentaram o violeiro Luciano Pazinato e o acordeonista João Pedro Teixeira, tocando música brasileira; e a banda Thunder Kelt, com mais um pouco de música celta e até um pedaço do tema do filme Missão Impossível.
Rapidez e fluxo
Para amenizar as filas, comuns em eventos de grande porte, os dogueiros capricharam na velocidade. O mais trabalhoso foi o da Don’t Stop, com 2 minutos entre cortar o pão e esquentar o recheio na chapa. O Senhor Garibaldi, eleito pelo público o melhor cachorro-quente da Vinada Cultural na edição passada, bateu seu recorde e teve a montagem mais rápida. “Ano passado fizemos em 12 segundos a montagem, este ano queríamos diminuir para 10 segundos”, disse Horácio Coutinho, proprietário da lanchonete. Mais de cem pessoas trabalharam na Vinada Cultural só com a montagem dos cachorros-quentes — sem contar toda a equipe organizadora e de segurança.
Em algumas barracas, especificamente, as filas eram longas. Foi caso da Senhor Garibaldi, do Green Dog e da Don’t Stop. Em outras, no entanto, o fluxo foi mais rápido durante boa parte do dia: entre elas a Jhose’s e a Yracema.
Regata de pedalinhos e melhor fantasia
Primeira atração do dia, a Regata de Pedalinhos contou com 30 duplas competindo. Os vencedores foram os amigos Maria Elisa Kumm, arquiteta de 26 anos, e Cesar Rocha, advogado de 31 anos. “A tática para vencer é começar a curva um pouco reto antes de virar”, disse ele. “Não imaginávamos a repercussão na hora. Demos um monte de entrevista. Se eu soubesse que teria tanto assédio não teria me inscrito”, riu Maria Elisa. A volta da bateria final feita pelos amigos foi de cinco minutos. Para o organizador da regata, Dante Mendonça, a prova foi um sucesso – tanto que teve lista de espera para se inscrever. “Foi ótimo. No próximo ano também vamos fazer todas as baterias no mesmo dia. Para o ano que vem, a ideia é que a fantasia seja obrigatória”, contou. Os piratas Lucian Woytovicz, publicitário de 24 anos, e Bruno Bernartt, analista de estratégia comercial de 23 anos, venceram a competição de melhor fantasia, com direito a tapa-olho e botas.