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Goiaba de Carlópolis ganha Indicação Geográfica
Os municípios de Carlópolis e Ribeirão Claro, no Norte Pioneiro do Paraná, receberam o selo de Indicação Geográfica pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial pela goiaba cultivada na região. A chancela concedida à Associação dos Olericultores e Fruticultores de Carlópolis (APC) reconhece a qualidade da fruta e agrega valor ao produto.
Para os produtores, é a certeza de que atendem os mercados mais exigentes e passam a ganhar mais pela mesma produtividade. O próximo passo da associação é conseguir um selo que abra um caminho para exportação.
A cultura, introduzida na região pela imigração japonesa, rende uma média de 15 toneladas por hectare por ano. As frutas são embaladas em envelopes de papel individualmente quando estão com aproximadamente 2 centímetros de diâmetro, para evitar que algum inseto ou animal danifique a fruta. No cultivo não são utilizados pesticidas.
Conhecida por “goiaba de Carlópolis”, a fruta é cultivada em 390 hectares dos dois municípios, sendo a maior produção de goiabas do Paraná e uma das maiores do Brasil, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
O que é selo
O selo de Indicação Geográfica é importante porque protege contra fraudes, agrega valor aos produtos e é uma garantia para o consumidor que pode rastrear as produções. Até maio de 2015, apenas 39 produtos do Brasil inteiro conseguiram o selo. No Paraná, apenas os cafés especiais do Norte Pioneiro e agora a goiaba de Carlópolis exibem a certificação. Outros nove produtos paranaense atualmente estão na fila pelo certificado (confira a lista abaixo).
Segundo a legislação brasileira, a Indicação Geográfica pode ser de dois tipos: Indicação de Procedência e Denominação de Origem.
– Indicação de Procedência: “é o nome geográfico de um país, cidade, região ou uma localidade de seu território, que se tornou conhecido como centro de produção, fabricação ou extração de determinado produto ou prestação de determinado serviço”. Os cafés especiais do Norte Pioneiro e os doces de Pelotas, no Rio Grande do Sul, são dois exemplos de produtos com indicação geográfica.
– Denominação de Origem: “é o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos”. O champagne, o queijo parmigiano reggiano e o presunto de Parma são exemplos de produtos com denominação de origem.
“A Indicação de Procedência é conferida a produtos ligados ao saber fazer local, à história e à tradição repassada de pai para filho. No caso da Denominação de Origem, além dos fatores humanos, tem fatores naturais que interferem. Ou seja o produto é possível apenas num determinado território com determinadas características geográficos, como clima, altitude e solo, o chamado terroir”, explica Andreia Claudino, coordenadora do Sebrae-PR.
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Veja quais produtos do Paraná ainda buscam a Indicação Geográfica:
Barreado do litoral
De origem portuguesa, o prato é intimamente ligado a outras práticas culturais como festas comunitárias e religiosas, Carnaval e Fandango.
De origem portuguesa, o prato é intimamente ligado a outras práticas culturais como festas comunitárias e religiosas, Carnaval e Fandango.
Cachaça do litoral
A produção da bebida nesta região já ocorria no século XVIII e, atualmente, recebem prêmios em concursos internacionais de bebidas destiladas, comprovando a notoriedade internacional do produto.
A produção da bebida nesta região já ocorria no século XVIII e, atualmente, recebem prêmios em concursos internacionais de bebidas destiladas, comprovando a notoriedade internacional do produto.
Derivados de banana do litoral
Eles são bala de banana, banana passa, farinha de banana, chips de banana e doce em pasta de banana.
Eles são bala de banana, banana passa, farinha de banana, chips de banana e doce em pasta de banana.
Erva mate de São Mateus do Sul
O cultivo, as características do solo e o beneficiamento são aspectos que diferenciam a erva mate dessa região.
O cultivo, as características do solo e o beneficiamento são aspectos que diferenciam a erva mate dessa região.
Farinha de mandioca do litoral
A produção é feita artesanalmente com um processo que não remove o amido. A farinha é acompanhamento indispensável do barreado.
A produção é feita artesanalmente com um processo que não remove o amido. A farinha é acompanhamento indispensável do barreado.
Melado de Capanema
A produção de melado em Capanema é artesanal e realizada até hoje seguindo o as técnicas dos agricultores descendentes de italianos e alemães.
A produção de melado em Capanema é artesanal e realizada até hoje seguindo o as técnicas dos agricultores descendentes de italianos e alemães.
Mel de jatai do Lago de Itaipu
Na região existem cerca de dois mil produtores artesanais.
Na região existem cerca de dois mil produtores artesanais.
Queijo de Witmarsum
A Cooperativa Witmarsum produz 11 tipos diferentes de queijos: queijos frescos (minas frescal e ricota fresca), queijos semi-moles (asiago e colonial), queijos maturados por fungos (brie e camembert) e queijos curados (appenzeller, emmental, raclette e fondue).
A Cooperativa Witmarsum produz 11 tipos diferentes de queijos: queijos frescos (minas frescal e ricota fresca), queijos semi-moles (asiago e colonial), queijos maturados por fungos (brie e camembert) e queijos curados (appenzeller, emmental, raclette e fondue).
Uva de Marialva
O solo de alta fertilidade e o clima da região proporcionam uvas com elevada acidez e intensidade de cor. Ocorrem duas safras por ano, novembro a janeiro (safra normal) e de maio a julho.
O solo de alta fertilidade e o clima da região proporcionam uvas com elevada acidez e intensidade de cor. Ocorrem duas safras por ano, novembro a janeiro (safra normal) e de maio a julho.