Bom Gourmet
Guerra de sabores definiu finalistas no MasterChef
Uma batata queimada definiu a semifinal do MasterChef Brasil 2015, exibida na noite dessa terça-feira pela Band. A preferida das redes sociais Jiang Pu (quem não se lembra da “cebora”?) apresentou batatas queimadas que conferiram um sabor amargo ao prato de lagosta salteada com palmito com crocante de batatas. Parece erro de principiante, mas não é tão simples assim. O jurado Erick Jacquin explicou o que houve. Como ela ralou a batata e a fritou em pequenos montinhos, apesar de ter tirado no tempo certo (na verdade, quase no limite, segundo ele), o azeite que estava no interior continuou fritando a batata. E como ela trabalhou com a lagosta, que tem um sabor adocicado, o amargo interferiu no sabor final, conforme avaliação da jurada Paola Carosella. O fato de ela ter picado o crustáceo e o uso de ingredientes fortes como pimentão também pesaram. Além da lagosta, a vieira e o peixe sapo foram as estrelas da noite. Ingredientes nada comuns escolhidos por Jacquin.
O segundo colocado, Raul, não cozinhou uma “perna de dragão”, como ele achava, mas quase. Como tinha muitas vitórias no decorrer do reality, ele pode escolher o ingrediente principal e preferiu as delicadas vieiras, acompanhadas de bifum e abobrinha. Ele chegou a cogitar usar ingredientes fortes como cogumelos, cúrcuma e presunto parma, mas desistiu. O seu maior erro foi a apresentação, mas ele ficou na competição porque deixou o sabor da vieira ainda mais em evidência com o uso do limão e gengibre, que poderiam ter interferido no sabor final, conforme alertaram os três jurados.
A “vencedora” da noite, no entanto, foi Izabel, que acertou ao enrolar o horrendo peixe-sapo (também conhecido como tamboril e lotte) em presunto parma – uma das receitas clássicas ensina a enrolá-lo justamente em bacon. Nas delicadas bochechas ela usou manteiga temperada. Porém, ela também errou ao apresentar um molho (feito com tomate, vinho, cogumelos e creme de leite) ácido demais. O publicitário Raul e a produtora de eventos Izabel seguem agora para a final, que ocorre em exibição ao vivo no dia 15, às 22h30, na Band.
A “vencedora” da noite, no entanto, foi Izabel, que acertou ao enrolar o horrendo peixe-sapo (também conhecido como tamboril e lotte) em presunto parma – uma das receitas clássicas ensina a enrolá-lo justamente em bacon. Nas delicadas bochechas ela usou manteiga temperada. Porém, ela também errou ao apresentar um molho (feito com tomate, vinho, cogumelos e creme de leite) ácido demais. O publicitário Raul e a produtora de eventos Izabel seguem agora para a final, que ocorre em exibição ao vivo no dia 15, às 22h30, na Band.
Técnicas e mais técnicas
Além de poder vivenciar um pouco da pressão de um cozinha, o MasterChef Brasil tem apresentado técnicas e pratos clássicos da culinária internacional. Basta lembrar do aligot — purê de dois queijos francês que foi sensação das redes sociais – ou do recente prato britânico bife Wellington (mignon enrolado em massa folhada).
O reality, no entanto, também testou os participantes em quesitos básicos para quem quer se aventurar pelo universo das panelas. Em um dos episódios, eles tiveram que degustar alimentos e identificá-los. Em outro, provar carnes exóticas. Também foram desafiados a improvisar diante das caixas surpresa (foram quatro no total). Uma delas trazia ingredientes espanhóis como camarão, polvo, pimentões, batatas, páprica doce e picante e arroz. Ou até mesmo improvisar diante dos improvisos. O que foi o episódio em que Jiang preparou um ragu em um processador levando os jurados a ficaram de boca aberta (em tempo, o ragu deu certo) ou aquele em que ela derrubou o bife Wellington e teve que fazer outro novamente?
Os participantes aprenderam muita coisa com as chamadas masterclasses — aulas dadas pelos jurados (como no caso de Fogaça que apresentou o aligot) ou por convidados. Uma delas foi dada por Jefferson Rueda (ex-Attimo e agora a Casa do Porto, em São Paulo), que ensinou como preparar linguiça.
Os participantes aprenderam muita coisa com as chamadas masterclasses — aulas dadas pelos jurados (como no caso de Fogaça que apresentou o aligot) ou por convidados. Uma delas foi dada por Jefferson Rueda (ex-Attimo e agora a Casa do Porto, em São Paulo), que ensinou como preparar linguiça.
Os aspirantes a chef ainda tiveram que reproduzir pratos de outras culinárias. Você seria capaz de preparar uma Pastilla, uma torta de carne agridoce típica do norte da África? Ou o Kabuli Pulai, um arroz com carne de carneiro e castanhas tradicional no Afeganistão? Ou ainda a Sopa Criolla Peruana, que conta com molho de tomate, pimentas, massa e ovo? Cozinhar em ambientes diferentes também fizeram parte dessa segunda temporada. Em uma das primeiras provas, os participantes viajaram até Manaus, onde conheceram ingredientes da culinária amazônica. Depois da visita, eles prepararam seus pratos dentro de um barco ao longo do Rio Negro. Em outro episódio recente, eles foram ao Arturito (restaurante de Paola Carosella) cozinhar para três estrelados Michellin – Fábio Honda (do Huto), Luca Gozzani (Fasano) e Roland Villard (Le Pré Catelan).
Avaliações
Se a final com Izabel e Raul foi justa ou não, muitos questionarão. A própria Izabel voltou ao programa graças a uma repescagem. A mudança de regras no episódio em que os participantes cozinharam para ídolos e jogadores do Sub-20 do Palmeiras também levou a questionamentos. Nesse caso, a equipe de Izabel, Raul e Fernando não entregou os 14 pratos – e iriam ter que enfrentar uma prova eliminatória. Mas, como a líder Jiang não teria liderado bem seus companheiros Lucas e Cristiano também tiveram que enfrentar a prova. Os competidores passaram pela prova do bife à milanesa. Depois, Raul, Fernando e Lucas foram para a prova da linguiça. Raul venceu e Lucas acabou eliminado.