conversa-temperada
Que Marravilha! ganha novas páginas
Nadia Schiavinatto - nschiavinatto@gmail.com – www.gazetadopovo.com.br/blog/conversatemperada
09/12/2013 16:28
Nascido em Roanne, no interior da França, e um dos grandes nomes da gastronomia internacional, Claude está em terras brasileiras há 34 anos. Veio, segundo ele, por obra do destino. “Um dia, o chef Gaston Lenotre entrou na cozinha do restaurante do meu pai e perguntou quem gostaria de ir com ele ao Brasil para inaugurar o Le Pre Catelan, no Rio de Janeiro. Acho que fui o primeiro a levantar a mão. Cheguei aqui com um contrato de dois anos e nunca mais voltei. Me apaixonei pelo estilo de vida dos cariocas, pelas belezas naturais e pela mãe dos meus filhos, com quem fui casado por 25 anos.”
Assim como a família Troigros foi responsável por criar a chamada Nouvelle Cuisine na França, Claude também revolucionou e hoje é considerado um dos precursores da valorização dos ingredientes brasileiros. “Trouxe várias receitas do Lenotre para executar, mas quando cheguei aqui não encontrei metade dos ingredientes que precisava. Então, comecei a visitar os mercados de rua e descobri os produtos da terra. Lenotre me deu liberdade para modificar as receitas dele. Assim, naturalmente, comecei a trabalhar os ingredientes brasileiros com técnicas francesas. E isso acabou virando a minha marca registrada e linha de cozinha até hoje”, explica o chef, que atualmente é dono de quatro restaurantes no Rio (Olympe, CT Brasserie, CT Boucherie e CT Trattorie). Até o fim do ano, pretende abrir o quinto.
Claude provou que apesar de a inspiração não ser hereditária, ela passa de geração em geração. “Eu morava com meus pais, irmãos, tios e primos em cima do Maison Troigros. Fazia todas as refeições na cozinha do restaurante e, depois de certa idade, foi inevitável pedir para ajudar meu pai e tio”, conta. E garante que, se não tivesse tido a influência familiar, seria um fotógrafo de aventuras.
Hoje o chef vê seus passos serem seguidos pelo filho Thomas. “É um sentimento de muita felicidade não só para mim, mas para meu pai também. Procurei influenciar o mínimo possível. Foi uma escolha natural dele. Trabalhamos juntos, aprendo tanto com ele como ele comigo.”
Confira uma das receitas da obra:
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