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Segundo dia de Mesa ao Vivo Paraná focou em preparo de carnes; veja fotos
A segunda edição do Mesa ao Vivo Paraná reuniu no Museu Oscar Niemeyer chefs do Paraná e de renome nacional para aulas-show, palestras e degustações. O evento foi na quarta (16) e quinta (17) das 14h às 20h e trouxe os ingredientes paranaenses em uma nova roupagem.
Alguns chefs, como Dudu Sperandio, prepararam receitas exclusivas para o evento, mas os presentes também puderam aprender os segredos dos pratos de restaurantes como o Nomade, do chef Lênin Palhano. Ele preparou um carré de leitão feito a partir de porcos de uma cooperativa de Castro, e e serviu com couve-flor e molho de rapadura do Vale do Ribeira.
Além das aulas e exposição de produtos de importadoras e produtores locais, o evento fez duas visitas guiadas: uma à Salumeria Monte Bello e outra à fábrica da Way Beer, para mostrar o processo de produção dos produtos. Outro destaque foi a área Melhores da Cidade, que reuniu nos dois dias 19 estabelecimentos paranaenses com porções para degustação de seus pratos mais icônicos.
Quem fechou a programação do Mesa ao Vivo Paraná foi a apresentação do chef Gabriel Vidolin, um evento gratuito que foi realizado no auditório do Museu. “Monólogos Comestíveis” foi uma espécie de experiência teatral em que a atriz Nataly Cabanas interpretou oito mulheres nascidas em 1976 enquanto o chef preparava e servia ao público o que elas comeriam.
O Bom Gourmet é o veículo oficial de divulgação do evento no estado e fez a cobertura em tempo real pelo Snapchat (no perfil gazetadopovo, disponível na Apple Store e no Google Play), rede social que publica fotos e vídeos curtos (em média de 10 segundos), pela fan page do Bom Gourmet e pelo Instagram (perfil @gpbomgourmet).
Esta é a segunda edição do Mesa ao Vivo Paraná e o tema deste ano é: “De Leminski a Niemeyer: uma cozinha poética e concreta conquista o Brasil”. O evento é promovido pela revista Prazeres da Mesa em parceria com o Centro Europeu, Gastronomia Paraná e Abrasel – PR (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Paraná).
Confira a cobertura:
20h40
Quem fecha a programação das cozinhas Niemeyer e Leminski é o chef Washington Silveira, professor do Centro Europeu. Ele prepara um camarão gigante que vem de Santa Catarina e os espeta em cana-de-açúcar, depois que descasca a cana.
Quem fecha a programação das cozinhas Niemeyer e Leminski é o chef Washington Silveira, professor do Centro Europeu. Ele prepara um camarão gigante que vem de Santa Catarina e os espeta em cana-de-açúcar, depois que descasca a cana.
“O suco de cana vai dar um gostinho ao camarão. Tempero com pimenta preta e sal e passo em uma mistura de gengibre com alho. Adiciono iogurte e esta é a marinada. Depois, reduzo suco de laranja, pera, melaço de cana, anis, cravo-da-índia, gengibre e pimenta dedo-de-moça para o molho”, ensinou Washington. Ele serve com grãos de soja verde frita e farofa de banana-da-terra.
19h35
O chef Gabriel Vidolin, do restaurante Leão Vermelho, no interior de São Paulo, trouxe um espetáculo diferente para o Mesa ao Vivo Paraná: enquanto a atriz Nataly Cabanas interpreta as mais diferentes personalidades de mulheres nascidas em 1976, o chef prepara os pratos preferidos destas personagens. Há mulheres “azedas” e “doces” nesta “peça de vanguarda que quebra tabus” na definição de George Schnyder, diretor da revista Prazeres da Mesa. Durante o espetáculo são servidas bebidas ao público, como vodka.
19h20
Bárbara Verzola e Pablo Pavón, chefs do restaurante Soeta, em Vitória, Espírito Santo, tiveram como tema a comida de boteco do século XXI. Eles apresentaram um drink com cerveja, cachaça e clara de ovo na Cozinha Niemeyer e um menu de boteco com carne de porco suflada. O ingrediente, que geralmente vai para o lixo, virou um petisco na mão da dupla.
Bárbara Verzola e Pablo Pavón, chefs do restaurante Soeta, em Vitória, Espírito Santo, tiveram como tema a comida de boteco do século XXI. Eles apresentaram um drink com cerveja, cachaça e clara de ovo na Cozinha Niemeyer e um menu de boteco com carne de porco suflada. O ingrediente, que geralmente vai para o lixo, virou um petisco na mão da dupla.
A pele do bacon é colocada por uma hora na água para amaciar e perder um pouco de gordura. Em seguida, cortam em julienne e deixam secar no forno ou no desidratador e fritam por imersão. Fica como um torresmo.
19h15
Bibiana e Carolina Schneider, da Cuore di Cacao, conduziram uma degustação de chocolates da marca. Foram oito chocolates com percentagens distintas de cacau e composições. Antes, os inscritos assistiram um vídeo sobre a história e a produção de chocolates.
19h
Na Cozinha Leminski, Rodrigo Cavichiolo do Duo Cuisine ensinou como cortar a carne para fazer steak tartare: “Quanto mais picadinha a carne, mais saboroso vai ficar o tartare”. Ele preparou um molho a base de mel com azeite de oliva e aceto balsâmico. “Escolhi o filé mignon porque, como vai ser consumido cru, preciso de carne macia e pouca gordura. O sabor é delicado. Pode trocar por posta branca, mas o mignon vai dar uma textura mais cremosa que a posta”, explicou.
18h40
No espaço Melhores da Cidade o público pode provar comidas e bebidas de diferentes lugares do Paraná. No fim da tarde do último dia do Mesa ao Vivo Paraná, a fila era grande para degustar todas as delícias.
Juliana Vosnika, presidente do Museu Oscar Niemeyer, comemorou a vinda do evento para o museu. “A gente queria trazer para cá porque gastronomia tem a ver com cultura e arte. E o Mesa ao Vivo junta as duas coisas. Temos outros eventos de gastronomia que acontecem no nosso espaço, como o Gastronomix e o Mia Cara Curitiba”, disse. “Nossa ideia é fazer para o próximo ano uma exposição com as obras do acervo do MON que têm uma relação com gastronomia e casar isto com um evento deste porte”, revelou.
18h15
Flávio Frenkel, chef do Anis Gastronomia, fez cracóvia e queijo de porco na cozinha Niemeyer. A cracóvia tem 10% de gordura e é feita da paleta desossada e picada. “A porcentagem é muito baixa em relação a outros embutidos”, assegura o chef. Ele adiciona bastante alho picado, sal, pimenta vermelha, mistura e deixa um dia na geladeira. Depois mói a carne e a coloca gelo.
O chef levou os inscritos para fora da área da cozinha no meio da aula-show para defumar a cracóvia.
18h
Na Cozinha Mão na Massa, que funciona na cozinha de eventos do espaço do Museu Oscar Niemeyer, o chef e professor do Centro Europeu Johnlee Justino ensina os inscritos uma receita doce com pinhão. É o crocante de pinhão com mousse de cachaça de banana e breton de araruta.
17h20
Ivo Lopes,chef do La Varenne, preparou costela de javali ao forno em uma marinada seca que leva cebola, alho, e ervas frescas como alecrim, tomilho, sálvia e mix de pimentas. A mesma marinada pode ser usada para temperar frango, porco e cordeiro. Põe-se um fio de azeite de oliva e deixa-se 24 horas na geladeira antes de preparar.
Ivo Lopes,chef do La Varenne, preparou costela de javali ao forno em uma marinada seca que leva cebola, alho, e ervas frescas como alecrim, tomilho, sálvia e mix de pimentas. A mesma marinada pode ser usada para temperar frango, porco e cordeiro. Põe-se um fio de azeite de oliva e deixa-se 24 horas na geladeira antes de preparar.
16h40
Marcelo Amaral trouxe ingredientes e receitas do litoral paranaense. O Siri Sobe a Serra leva siri de Antonina, cominho, gengibre, raiz de coentro, pimenta dedo-de-moça, limão e bergamota.
“Este siri é o melhor do país, conheço o litoral daqui até a Bahia e é o melhor que já comi”, elogiou. “O Paraná tem uma cozinha autêntica, mas temos um problema de auto-estima e olhamos para os outros estados”, completou.
16h10
O chef Lênin Palhano se apresentou na Cozinha Leminski e usou porco da cooperativa de Castro para fazer um carré. O leitão é abatido com 3 meses e 25 quilos. “A cooperativa dá suporte para os pequenos associados na parte técnica e isto faz com que saibamos o que estamos comendo”, disse o chef. ”
A coisa mais importante é saber o que estamos comendo, portanto precisamos saber como é produzido o ingrediente”, completou.
A coisa mais importante é saber o que estamos comendo, portanto precisamos saber como é produzido o ingrediente”, completou.
Ele serviu o carré de leitão com molho de rapadura do Vale do Ribeira. “Esta rapadura é muito delicada, desmancha com facilidade”. O prato está no cardápio do Nomade, seu restaurante.
15h35
O mineiro Mario Portella preparou língua da raça bovina Wagyu com abóbora e quiabo na brasa e picles de cebola na Cozinha Niemeyer. Ele frisa que há cinco anos não se sabia qual a raça do animal ou a procedência e que o Wagyu abrasileirado foi “misturado” ao Nelore, caso contrário ele não sobreviveria ao clima brasileiro. A receita com língua leva 24 horas para ficar pronta.
O mineiro Mario Portella preparou língua da raça bovina Wagyu com abóbora e quiabo na brasa e picles de cebola na Cozinha Niemeyer. Ele frisa que há cinco anos não se sabia qual a raça do animal ou a procedência e que o Wagyu abrasileirado foi “misturado” ao Nelore, caso contrário ele não sobreviveria ao clima brasileiro. A receita com língua leva 24 horas para ficar pronta.
Portella também falou sobre o preconceito que há com a carne suína. “É injusto. Hoje a carne suína é completamente segura porque os animais são geneticamente controlados”, afirmou.
15h
Dudu Sperandio se apresenta na Cozinha Leminski. Ele prepara um prato desenvolvido especialmente para o Mesa ao Vivo: ravióli com tartar de salmão e pepino com alcaparras e limão siciliano.
14h30
A primeira aula do segundo dia de Mesa ao Vivo Paraná foi da chef paranaense Manu Buffara na cozinha Niemeyer. George Schnyder, diretor da Prazeres da Mesa, apresentou Manu como “uma jovem com uma experiência muito forte e de grande energia e criatividade”. Ele definiu sua cozinha como “símbolo do Paraná”. “Ela faz parte da nova geração de chefs que vão além da cozinha, que cuidam do entorno e dos pequenos produtores locais”, disse Schnyder.
O restaurante Manu foi eleito o melhor do Sul do Brasil pela revista Prazeres da Mesa em 2015 e para o Mesa ao Vivo a chef apresentou pratos do menu degustação do restaurante, que tem 16 passos.
Manu resgatou técnicas antigas e memórias da avó para buscar suas raízes e pesquisar junto dos produtores. Ela preparou snacks servidos no Manu, como a sardinha curada no vinagre, com mousse de chocolate desidratada, maionese de ovas de peixe voador e também uma mini mozzarella de búfala com ovas de tainha, ostra catada de Ilha Rasa com gazpacho de morango de Colombo e melão desidratado no forno polvilhado com cebolinha, brotinho de rúcula, avelã tostada e picada e lascas de queijo colonial.
Preconceito com carne suína é injusto, hj a carne suína é completamente segura, não precisa ser mal passada, hoje os animais são geneticamente controlado