Bom Gourmet
Um toque azedinho de damasco
Relegado a um simples aperitivo, o damasco (também chamado de abricó) guarda história – e versatilidade – para ser coadjuvante. Apesar de o nome da sua árvore significar ameixa da Armênia, a versão mais difundida é que ele seja originário da China e Ásia Central.
Adotado em pratos doces e salgados, na forma crua ou cozida, o damasco seco é bastante conhecido da comunidade árabe. Vaneska Berçani Rodrigues, proprietária do Restaurante Velho Oriente, cita o malabi, um manjar que leva a geleia do fruto seco. Mas, como o uso do damasco não se restringe aos doces, Vaneska diz que a fruta seca vira recheio de um kebab de frango e do tradicional cuscuz com frutas secas. Ela o usa em um molho para carnes assadas ou como recheio de um aperitivo feito com massa filo e queijo boursin. “Também já preparei como recheio de um peito de frango que levou ainda molho de laranja”, ensina.
Flávia Gazola, instrutora do Senac-PR, explica que o mais comum é usar o fruto seco: o turco, mais “gordinho” e adocidado, e o azedo. Os dois são encontrados em qualquer época do ano. “Nas receitas, pode ser usado meio a meio.” Ela ensina que, quando fizer parte de um doce, pode ser hidratado no suco de laranja. Com salgados, a melhor opção é a água. Depois de cozidos (por 20 minutos), podem ser batidos no liquidificador, gerando uma pasta fina, ou na batedeira, quando a ideia é ficar com pedacinhos.
A instrutora conta que outra opção é passar a pasta do damasco sobre a carne, formando um crosta, e levar para gratinar. Como canapé, que tal usar essa mesma pasta sobre uma fatia de broa preta com queijo brie levemente derretido? Se a ideia é incluí-lo no prato principal, a dica é usá-lo em um risoto com presunto parma e brie.
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