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Crime organizado

Esposa de Poze do Rodo é alvo de operação após morte de chefe do CV

mc poze do rodo
MC Poze do Rodo é investigado por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas. (Foto: Reprodução/Instagram/pozevidalouca)

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A esposa do funkeiro MC Poze do Rodo, Vivi Noronha, é alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, nesta terça (3), pela suspeita de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro operado pelo traficante Fhillip da Silva Gregório, o “Professor”, morto no último domingo.

De acordo com as primeiras informações, ela teria recebido depósitos nas contas pessoais e empresariais de supostos laranjas do chefão do Comando Vermelho. A operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) ocorre na residência do casal, na Zona Oeste da capital fluminense.

MC Poze do Rodo foi preso na semana passada por apologia ao crime em seus shows e suspeita de ligação com o Comando Vermelho, com a alegação de que suas apresentações são usadas para a venda de drogas da facção em comunidades dominadas pelo tráfico.

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Na noite desta segunda (2), o desembargador Peterson Barroso Simão, da Segunda Câmara Criminal, determinou a soltura do funkeiro considerando excessivo manter a prisão de 30 dias diante do avanço da investigação e determinou uma série de medidas cautelares.

Poze está proibido de se comunicar com pessoas ligadas à facção criminosa Comando Vermelho (CV); deve comparecer mensalmente em juízo; não pode deixar a Comarca até a análise final do habeas corpus pelo TJRJ; e precisa entregar seu passaporte à Justiça em até 5 dias.

Para o desembargador, o “material arrecadado na busca e apreensão parece ser suficiente para o prosseguimento das investigações, sem a necessidade da manutenção da prisão”, pois “não há comprovação, por ora, de que ele estivesse com armamento, drogas ou algo ilícito em seu poder”.

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Na decisão, Simão também criticou a forma como a polícia conduziu a prisão de Poze do Rodo, apontando que o cantor “teria sido algemado e tratado de forma desproporcional, com ampla exposição midiática, fato a ser apurado posteriormente”.

O desembargador apontou ainda que a polícia precisa prender os “chefes” das facções e destacou que Poze foi absolvido em primeira e segunda instâncias por acusações semelhantes.

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