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Maioria formada

Fux interrompe julgamento de Moro por suposta calúnia contra Gilmar

Fux interrompe julgamento de Moro por suposta calúnia contra Gilmar
Com maioria formada para manter Moro como réu, Fux pediu vista e adiou conclusão do julgamento. (Foto: Gustavo Moreno/STF)

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux pediu nesta sexta-feira (10) mais tempo para analisar o recurso apresentado pelo senador Sergio Moro (União-PR) no processo por suposta calúnia contra o decano da Corte, Gilmar Mendes. A Primeira Turma formou maioria para manter o ex-juiz da Lava Jato como réu no último dia 4.

Com o pedido de vista de Fux, a conclusão do julgamento ficará suspensa por 90 dias. Após esse período, o regimento interno do STF estabelece que o processo deve voltar à pauta. O colegiado analisava o recurso no plenário virtual desde o último dia 3.

Neste formato, os ministros apenas depositam seus votos no sistema da Corte, não há debate presencial. Votaram para manter o senador como réu por calúnia: Cármen Lúcia, relatora do caso, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino. Falta apenas o voto de Fux.

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Em abril de 2023, foi divulgado nas redes sociais um vídeo em que o senador fala em "comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes". Com a repercussão, o ministro acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para adotar as providências cabíveis.

“Não, isso é fiança, instituto… para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”, disse o ex-juiz da Lava Jato no vídeo. A PGR denunciou Moro por suposto crime de calúnia ao imputar "falsamente o crime de corrupção passiva" ao ministro.

Na ocasião, Moro afirmou que tem profundo respeito pela Corte e seus ministros, que a fala “não representa” o que pensa e ocorreu em um "contexto de brincadeira". Em junho de 2024, a Primeira Turma recebeu a denúncia e tornou o senador réu. Três meses depois, Moro recorreu da decisão.

Nesta quarta-feira (8), Moro acusou a esquerda de suposta armação e disse confiar em um julgamento técnico. “É tão absurda a ação penal que eu não posso levar a sério. Vamos esperar que o Supremo julgue conforme a lei, conforme os fatos e conforme a prova. A origem disso são perfis vinculados à esquerda que divulgaram aquele vídeo. Eu não tinha interesse em divulgar e nem em gravar, porque afinal de contas é absurdo”, disse em entrevista ao Podcast Direto de Brasília, do Blog do Magno em parceria com a Folha de Pernambuco, com a participação da Gazeta do Povo.

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