O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), denunciou nesta terça-feira (9) que criminosos pediram R$ 500 mil para liberar a realização de uma obra pública no Parque Piedade, localizado na Zona Norte da cidade. Nas redes sociais, Paes comunicou o caso e pediu providências ao secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, e à Polícia Federal.
Segundo o prefeito, os criminosos fizeram a cobrança diretamente à empreiteira, como exigência para que a obra, orçada em R$ 65 milhões, possa prosseguir. O Parque Piedade foi anunciado pela prefeitura para ocupar o terreno da antiga Universidade Gama Filho, que teve prédios de seu campus demolidos no ano passado. As obras do parque tiveram início em setembro. No local deve ser construído um espaço para feiras e eventos, com horta urbana, parcão, academia e campo de futebol, entre outras atrações, informou a Agência Brasil.
“Atenção, Polícia Federal e Ricardo Cappelli, recebi agora informações de que o crime organizado está pedindo dinheiro para a empreiteira responsável pelas obras do Parque Piedade aonde funcionava a antiga faculdade Gama Filho. Ameaçam paralisar as obras caso o pagamento não aconteça. Obviamente não vamos aceitar. Maiores informações com o secretário de Ordem Pública delegado Brenno Carnevale! Valor da obra é de R$ 65 milhões e eles estão pedindo R$ 500 mil. Pedido foi feito direto à empreiteira”, escreveu Paes na rede social X.
Em resposta ao prefeito, Cappelli, classificou o pedido de “inaceitável” e disse que há relatos semelhantes de prefeitos de outras cidades do Rio de Janeiro. “Caro prefeito, Eduardo Paes, temos recebido relatos iguais de outros prefeitos do Rio, infelizmente. O crime organizado destrói a economia e o desenvolvimento. A empreiteira não pode pagar nada, é inaceitável este estado paralelo. Vamos pra cima destes bandidos”, disse Capelli, que ocupa interinamente o comando do ministério.
Lula diz querer a paz na Ucrânia, mas decide não participar de cúpula mundial para encerrar a guerra
Lira articula para não repetir a “maldição” dos ex-presidentes da Câmara
Questão indígena faz MPF pedir a suspensão de licenças para mineração de potássio no AM
Escolhido de Lula para atuar no RS acumula fracassos e polêmicas na comunicação do governo