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Zinho
Miliciano era avo de 12 mandados de prisão e procurado desde 2018. Zinho ainda tinha ligação com política carioca.| Foto: SSP-RJ

Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, líder da maior milícia do Rio de Janeiro, entregou-se à Polícia Federal neste domingo (24), cumprindo 12 mandados de prisão emitidos contra ele desde 2018. Após negociação com a PF e a Secretaria de Segurança Pública, Zinho deixou as ruas da Zona Oeste, sob domínio de sua milícia, e agora está preso no presídio de Bangu 1 em Gericinó, na Zona Norte do Rio.

O governo estadual divulgou um comunicado chamando Zinho de “inimigo número 1 do Rio”, uma descrição celebrada pelo governador Cláudio Castro (PL-RJ)

“Essa é mais uma vitória das polícias e do plano de segurança, mas da sociedade. A desarticulação desses grupos criminosos com prisões, apreensões e bloqueio financeiro e a detenção desse mafioso provam que estamos no caminho certo”, afirmou.

O Ministério Público apontou que Zinho evitava usar aplicativos de conversa por medo de ser rastreado, usando um comparsa chamado Andrei Santos de Melo, conhecido como Cansado ou Fechamento, como seu “garoto de recados”.

Além de Zinho, outros nomes foram apontados como líderes da milícia, como seu sobrinho Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão ou Teteus, que foi morto pela Polícia Civil em outubro deste ano, resultando em represália com 35 veículos incendiados.

Antes de Zinho, a liderança da milícia foi de seus irmãos Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, morto em 2017, e Wellington da Silva Braga, o Ecko, falecido em 2021.

Zinho é acusado de vários crimes, incluindo a ordem para matar Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, fundador da milícia, e a organização de um esquema milionário de lavagem de dinheiro. Ele também é apontado como responsável por ordenar o uso de carros clonados e pagar propina a policiais para obter informações sobre operações.

O miliciano teria atuação política com a deputada estadual Lucinha, apelidada de "madrinha", atuando em seu interesse. Lucinha seria responsável por defender os interesses das vans, uma fonte de renda para a milícia, além de intervir em operações contra rivais e mudar o comando de batalhão na área.

Zinho, o miliciano mais procurado do Rio, responde por uma série de crimes e é descrito como líder do maior grupo paramilitar da Zona Oeste. Os processos revelam detalhes sobre suas atividades, incluindo a ordem para executar rivais, uso de carros clonados e envolvimento em homicídios.

A recente prisão de Zinho é parte dos esforços das autoridades para desarticular grupos criminosos e reforçar a segurança no estado. A atuação da milícia envolve aspectos políticos, econômicos e criminais, desafiando as autoridades a enfrentarem a complexa rede de poder desses grupos paramilitares no Rio de Janeiro.

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