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Saiba mais sobre True Blood e outras obras sobre vampiros |
Saiba mais sobre True Blood e outras obras sobre vampiros| Foto:
  • Em True Blood, vampiros e mortais convivem em clima de aparente tolerância, mas sangue, sexo e violência jorram na tela
  • Anna Paquin, no papel de Sookie, e Stephen Moyer, que interpreta Bill, na série True Blood, da HBO

É amor à primeira mordida. O mundo está loucamente apaixonado pelos vampiros.

Antes foi a quadrilogia de livros da norte-americana Stephenie Meyer, iniciada com Crepúsculo. A série é um estrondoso sucesso internacional, com 25 milhões de cópias vendidas e traduções em 37 idiomas. Tanto que o longa-metragem baseado no volume inicial da série, em cartaz no Brasil, já rendeu perto de US$ 300 milhões, abrindo caminho para o segundo filme (Lua Nova), com estréia prevista para novembro de 2009.

Agora é a vez de True Blood, que estreia neste domingo (18), às 22 horas, no canal pago HBO. Indicada ao Globo de Ouro de melhor série dramática, a produção deu o troféu de melhor atriz à canadense Anna Paquin, que ganhou o Oscar de melhor coadjuvante aos 11 anos por O Piano (1993) e foi a mutante Vampira (Rogue) nos filmes da franquia X-Men.

True Blood é uma criação de Allan Ball, roteirista oscarizado de Beleza Americana e da série cult Six Feet Under, também exibida pela HBO. Ele baseou-se nos livros da escritora Charlaine Harris, que há mais de 25 anos milita no ramo da literatura de gênero.

Os romances compõem uma saga vampiresca que se desenrola numa pequena cidade do estado da Louisiana, sul dos EUA. Misturando ingredientes como terror, mistério, crítica social e muito erotismo, as histórias que deram origem a True Blood têm, assim como a quadrilogia Crepúsculo, uma jovem mortal e um vampiro como protagonistas. Mas as semelhanças param por aí. True Blood é para adultos.

No livros, Sookie Stackhouse é uma garçonete loira, peituda e bronzeada. Para fugir do estereótipo machista da mulher sulista –bonita, gostosa e burrinha – Ball preferiu escalar a menos exuberante, porém carismática Anna Paquin para o papel. "Na tela, o personagem, como é descrito no livro, seria uma caricatura, um clichê", explicou o roteirista e criador da série em entrevista ao jornal The New York Times. "Preferi surpreender."

Minoria

Sookie trabalha no Merlotte’s, um típico diner de beira de estrada americano. Apesar de atenciosa, é considerada um tanto tonta, pois costuma fazer a maior cara de "paisagem" para escapar dos pensamentos libidinosos da clientela do bar, majoritariamente masculina. A personagem, é preciso revelar aqui, tem a habilidade de ler mentes.

Essa habilidade a impede, até certo ponto, de namorar em paz. Tanto que prefere a abstinência a ser forçada a ouvir as reflexões impróprias de um possível parceiro. Tudo muda quando conhece Bill Compton, cuja mente está fora do alcance dos poderes da garota. Ele, afinal de contas, é um vampiro.

A novidade da primeira temporada do seriado, baseado quase integralmente no livro Morto até o Anoitecer, publicado no Brasil pela Ediouro, é trazer os vampiros para a vida cotidiana dos mortais.

Cientistas japoneses desenvolveram sangue artificial que pode ser engarrafado e vendido em bares e supermercados. Portanto, homens, mulheres e crianças já não constam, necessariamente, da dieta dos sanguessugas, que agora constituem uma espécie de minoria, assim como negros, latinos, gays e lésbicas.

Mas, a exemplo dos grupos acima citados, nem todo mundo gosta dos mortos-vivos. Há ativistas antivampiros e os que por eles nutrem uma atração que pode ser fatal, dependendo da sede da criatura abordada. Existem , ainda, os caçadores de vampiros, que em True Blood não são mocinhos, mas vilões. Eles perseguem as criaturas para drenar seu sangue, vendido como droga curativa e espécie de "superviagra", devido à capacidade de estimular sexualmente os usuários.

E há, também, o lado dos vampiros. O sangue sintético made in Japan, embora tenha diversos sabores (A positivo, O negativo, AB e por aí vai), não se compara ao humano e exclui um aspecto essencial: o contato físico com as vítimas, por vezes compensado por encontros sexuais não-fatais entre as duas espécies, que não geram prole, mas dão pano para muitas mangas em True Blood

Essa nova sociedade, encapsulada numa pequena cidade do retrógrado Deep South americano, é ao mesmo tempo fascinante e perigosa. Cenário perfeito para uma série que promete "morder" o público brasileiro.

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