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O novo filme do diretor Claudio Torres, A Mulher Invisível, vem na sequência de dois sucessos de público do cinema brasileiro recente: Se Eu Fosse Você 2 e Divã. Como os filmes que o precederam, este capricha em concessões a um suposto gosto popular que, ao menos em teoria, seriam capazes de garantir um sucesso comercial.
A mulher invisível em questão é Amanda, interpretada por Luana Piovani. Ela entra na vida do protagonista Pedro (Selton Mello) depois que ele, arquétipo do marido perfeito, é abandonado pela mulher.
Amanda não deixa por menos: também ela é (ou parece ser) uma mulher perfeita, cujo objetivo de vida é se dedicar a seu novo namorado. Ela aceita eventuais traições de Pedro, está sempre disponível para fazer sexo, cozinha para ele, limpa a casa seminua, etc. A lista de atributos é longa, para machão nenhum botar defeito.
Só há um porém: ninguém mais a enxerga. Pedro é esquizofrênico embora tal palavra não seja dita ao longo do filme e Amanda, portanto, mera criação mental. Produto da frustração amorosa do protagonista, ela é um reflexo do comportamento dele mesmo em seu relacionamento anterior. Ou seja, a mulher ideal para ele é sua versão feminina, seu duplo.
Ainda entram na história o melhor amigo Carlos, papel que coube a Vladimir Brichta, e Vitória, a vizinha apaixonada, feita por Maria Manoella. Do mesmo modo que Pedro pode ser descrito como um marido dedicado, Carlos cabe bem no rótulo "homem galinha". Já de Vitória, pode ser dito que ela é a sofredora do filme. Óbvio que ela terá um final feliz.
De um filme repleto de clichês, cujos personagens podem ser facilmente rotulados, cuja música é colocada em momentos-chave insinuando ao espectador a hora exata em que ele deve se emocionar, cujo roteiro não se arrisca em momento algum devido ao medo de espantar o público, não se pode esperar muito. Isso não significa, no entanto, que este longa-metragem não tenha lá a sua importância. Mais do que estético, o grande valor de A Mulher Invisível é mercadológico. Um filme como este pode ajudar na formação de um público de cinema brasileiro, ainda que pareça saído de um estúdio americano.
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