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 | Marcello Kawase/Divulgação
| Foto: Marcello Kawase/Divulgação

Graduada pela Fundação Álvares Penteado (Faap) em 1984, Leda Catunda é uma das artistas brasileiras mais importantes do país. Em Curitiba para a montagem de sua exposição, ela falou um pouco sobre a sua trajetória.

Seus pais eram arquitetos. Como isso influenciou o seu trabalho?

Passei a infância vendo obras modernas, e eles me levavam muito em exposições. Sempre fui a todas as bienais de São Paulo, e essa criação foi definitiva para mim.

Como foi viver o início dos anos 1980 na Faap?

A repressão naquele período já estava bem mais relaxada, mas havia muita inflação e crise econômica. A gente trabalhava com precariedade, mas com muita vontade ao mesmo tempo. Essa estrutura aqui do Museu Oscar Niemeyer, com vários montadores? Não existia. Se você conseguia espaço em um museu, tinha de levar e montar tudo sozinho. Porém, a dificuldade também foi estimulante, gerou criatividade.

E o que acha do nome Geração 80 para os artistas da sua época?

Eu ficava um pouco confusa no começo, mas me acostumei. Era perceptível a existência de uma cena artística no Brasil todo. Foi o começo da profissionalização do meio.

Atualmente, qual momento artístico vivemos?

Hoje não há um rótulo, e é até melhor que seja assim. Existe uma qualificação, com museus capacitados para receber obras do mundo todo, além do movimento do grafite, que se organiza. É uma hora muito rica.

Obras de artistas brasileiros têm alcançado recordes em leilões internacionais. Como vê esse fenômeno?

É uma enorme surpresa, algo impensável para nós que só víamos crise. Há um movimento enorme que procura artistas e colecionadores brasileiros. Questiona-se até se essa valorização é uma "bolha". Isso ainda é um mistério.

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