Academia muda regras para filme em língua estrangeira

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Os organizadores da cerimônia de entrega do Oscar anunciaram duas modificações na categoria melhor filme em língua estrangeira, ampliando o grupo que seleciona os indicados e também o leque de filmes que podem ser considerados para o prêmio mais importante do cinema mundial.

Sid Ganis, presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, disse em comunicado à imprensa na sexta-feira que as mudanças são "construtivas, mas não tremendas".

Para os cineastas de fora dos Estados Unidos, um Oscar pode conferir reconhecimento global e ajudar a elevar suas vendas de ingressos, o que torna sua indicação ao Oscar um fato de importância maior.

A primeira modificação anunciada amplia o grupo de membros da Academia que aponta os indicados. Até agora, um conjunto de eleitores de Los Angeles formulava uma lista a partir da qual eram escolhidos os finalistas, mas hoje essa lista preliminar será redigida a partir de duas fases de votação.

Na primeira fase, várias centenas de membros de Los Angeles vão reduzir o número de indicados para uma lista formada por nove países. Cerca de 60 países costumam submeter seus filmes à consideração da Academia, todos os anos.

A fase dois vai consistir de dez membros do primeiro grupo, escolhidos de maneira aleatória, somados a dez membros de Los Angeles não constantes do grupo inicial e dez outros membros da região de Nova York. Esse grupo de 30 pessoas vai selecionar os cinco finalistas indicados ao Oscar durante uma maratona de três dias de exibição dos filmes envolvidos. A maratona terá lugar nas duas costas dos EUA.

Sid Ganis disse que a razão principal da mudança é o desejo de permitir que membros da Academia que estiverem trabalhando possam participar do processo de seleção, sem precisarem se comprometer a participar do processo de exibição dos filmes, que hoje leva meses.

A segunda modificação anunciada vai permitir que filmes sejam indicados mesmo quando não sejam falados na língua de seu país de origem. Por exemplo, um filme feito na Itália, mas falado numa língua do Oriente Médio, poderá ser candidato ao Oscar. Até agora, os filmes considerados para o prêmio tinham que ser feitos na língua de seu país de origem.