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Os cinéfilos de plantão já começam 2006 dentro dos cinemas de Curitiba nesta sexta-feira (6). O dia, conhecido por ser a data da chegada de novos longas nas salas de exibição da capital paranaense, traz muitas estréias e a variedade de gêneros que devem agradar crianças, jovens e adultos.

"Jarhead", cuja tradução mais próxima no português seria "cabeça de jarro", é uma gíria para o corte de cabelo usado pelos fuzileiros norte-americanos. Essa gíria é o título original de "Soldado Anônimo", um dos filmes que estão em cartaz em Curitiba. Ao contrário de longas ianques que buscam tratar os Estados Unidos como supostos "bons moços salvadores da humanidade", o longa do diretor britânico Sam Mendes (de "Beleza Americana") é uma crítica as árduas condições que jovens norte-americanos são levados, tanto pelas questões "patrióticas" ou familiares, a servir ao exército e acabar dentro de um conflito bélico que sequer compreendem. Apesar do julgamento prévio que poderia ser feito pelos espectadores da terra do Tio Sam, o longa acabou sendo um tremendo sucesso de bilheterias por lá.

O enredo é baseado no livro de memórias do ex-soldado Anthony "Swooff" Swofford (um dos best sellers de 2003 nos EUA), o longa tem como protagonista o próprio autor, interpretado por Jake Gyllenhaal (de "O Dia Depois de Amanhã"). Na trama, o ponto de vista de jovens fuzileiros navais que acabam indo parar no Iraque durante a primeira Guerra do Golfo (1991) é o destaque. Entre eles está o Swoff, que tem um histórico familiar de devoção às Forças Armadas. Sendo ele a terceira geração da família e sem perspectivas na sua cidade-natal, acaba optando por servir o exército. Depois de um árduo treinamento, comandado pelo Sargento Sykes (papel do vencedor do Oscar, Jamie Foxx). Com a chegada da guerra, ele acaba no Iraque, um lugar que não entende, contra inimigos que não consegue ver e sem saber o porquê de estar lutando. Para lidar com tantas dúvidas, Swoff e seus companheiros de batalhão fazem uso de muito humor negro e sarcasmo para sobreviverem à tamanha adversidade.

Para a criançada, dois filmes prometem trazer magia e risos aos olhos e rostos infantis. Renato Aragão volta com mais um longa, "Didi – O Caçador de Tesouros". Apesar dos últimos lançamentos não muito bem aceitos pelo público, o 45.º filme do eterno trapalhão tenta resgatar uma nostalgia dos áureos tempos em que contracenava com Dedé, Mussum e Zacarias. Mesmo com esses percalços perceptíveis na produção, a história é interessante e Didi vive o mordomo da casa de Samuel Walker, interpretado por Cecil Thiré. O filho do patrão, Pedro, quer a todo custo conhecer a história do avô, Lucas (Miguel Thiré), morto num acidente aéreo ao final da Segunda Guerra Mundial. Acusado de desviar ouro roubado pelos nazistas, Lucas foi vítima das trapaças de capitão Nigel, personagem de Eduardo Galvão.Assim, Didi e Pedro vão a um hotel no interior de São Paulo, próximo ao local em que caiu o avião, e se deparam com vários fantasmas do bem (interpretados por pela ex-BBB Grazielli Massafera, Mussunzinho e Sérgio Hondjakoff) e os vilões (Nigel e seus comparsas). Para serem libertados da Terra, eles precisam que alguém de coração puro encontre o ouro. É indicado para os fãs do trapalhão.

Outra estréia é "Valiant", mais uma animação que segue o sucesso "O Galinho Chicken Little". A diferença é que, ao invés de um galinho, agora os estúdios Disney apostam em uma pomba como protagonista. A história do filme baseia-se na utilização real que os britânicos faziam das pombas-correio durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Os pássaros atravessavam o Canal da Mancha para levar mensagens para as tropas da resistência francesa. Em contrapartida, os nazistas treinavam falcões para caçar e abater as pombas mensageiras. O desenho custou R$ 40 milhões e envolveu uma equipe de 170 animadores. As vozes têm sotaque britânico, com Ewan McGregor interpretando o personagem principal, e Rupert Everett, Hugh Laurie e John Cleese em papéis secundários. O vilão, o falcão Von Talon, tem voz de Tim Curry, o Dr. Poole de Oscar.

Premiado como melhor roteiro no último Festival de Cannes, "Questão de Imagem" é uma produção franco-italiana que deve agradar os adultos. O longa conta a história de quatro pessoas interligadas e que tem apenas uma coisa em comum: são infelizes em suas vidas. Lolita é uma menina acima do peso que é profundamente infeliz por não se enquadrar no modelo clássico de beleza física. Já Étienne, seu pai, é um poderoso editor e escritor de sucesso que é infeliz por acreditar que sua única filha não tem talento e por não conseguir aceitar a velhice que se aproxima. A professora de canto de Lolita, Sylvia, é infeliz por não acreditar nem no próprio talento nem no de sua aluna, e por seu marido, Pierre, ser um fracasso. Já Pierre, por sua vez, é um aspirante a escritor infeliz porque perdeu a fé e porque não consegue fazer sucesso com seus livros. Juntos, esses personagens têm muito a aprender.

Após duas semanas entre as pré-estréias, o nacional "Se Eu Fosse Você" estréia nesta sexta em Curitiba. Nesta segunda parceria entre o diretor Daniel Filho e a atriz Glória Pires, que antes já haviam feito "A Partilha" (2001), Tony Ramos vive Cláudio, um publicitário bem sucedido que é casado com Helena, personagem de Glória Pires. Ela é uma professora de música responsável por um coral infantil. Depois de anos de casamento, eles estão acostumados a rotina diária, e volta e meia têm uma discussão. Em uma delas, algo fora do comum acontece: eles trocam de corpos. Apavorados, Cláudio e Helena procuram aparentar normalidade perante os amigos até que consigam reverter a situação. Contudo, até que isso aconteça, eles terão que assumir por completo a vida do outro.

Confira a programação dos cinemas

Pré-estréias

Aventura e comédia nas pré-estréias desta sexta-feira. Do mesmo produtor de "Sideways", "Tudo em Família" conta com um elenco de primeira. Sarah Jessica Parker, Diane Keaton e Dermot Mulroney formam a trinca cômica que leva o público aos risos quando o filho favorito da família Stone leva a namorada para passar o Natal, mas ninguém gosta da moça, passando a hostilizá-la. Além disso, outros segredos da moça e dos familiares dão um ar de sarcasmo ao longa, que tem censura 12 anos.

Já em "Zathura – Uma Aventura Espacial", o tema é um jogo de tabuleiro que tem o poder de levar dois irmãos para o espaço. O filme segue a mesma temática e também é do mesmo autor de "Jumanji".

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