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Nem Toni Morrison, Nobel de Literatura de 1993, foi páreo para Adélia Prado. A brasileira teve de longe a mais longa sessão de autógrafos da Flip 2006. Convidada a falar sobre "Bagagem" na manhã de ontem, ela passou por temas ligados à arte, à ciência e à filosofia. Mas o que predominou durante a sua apresentação foi uma atmosfera mais espiritualizada.

Falando sobre a beleza, a escritora lamentou que alguns autores pensem que são responsáveis pelo que há de belo em suas obras. "É preciso se despir desse orgulho e ser um sujeito a serviço da beleza", disse. Adélia foi a única em toda a Flip a ser aplaudida de pé por longos três minutos.

Na saída da Tenda dos Autores, o espaço onde fica uma livraria, uma loja com artigos da Flip (de chinelos a copos de pinga) e a mesa de autógrafos (objeto de leilão), Adélia permaneceu por mais de três horas assinando livros e conversando com os leitores. Três horas. Não esqueça de que a autora de Quando Eu Era Pequena tem 70 anos. E uma disposição comparável a da americana Lillian Ross, 78 anos.

Jornalista da revista The New Yorker e amiga íntima de J. D. Salinger, Lillian conversou demoradamente com todos os leitores que pediram para ela autografar Filme. Além de ter sido vista caminhando tranqüilamente pela cidade ao lado do filho. (IN)

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