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A ambientação da peça foi feita para que o teatro remeta às antigas rádios dos anos 40 e 50 | Divulgação/FTC
A ambientação da peça foi feita para que o teatro remeta às antigas rádios dos anos 40 e 50| Foto: Divulgação/FTC

Compositor, autor de teatro, ator, poeta, ativista político, radialista, intelectual e um dos últimos e verdadeiros boêmios do Rio de Janeiro. Esse era Mario Lago, ou melhor, esses eram Mario Lago. O artista é o homenageado do musical "Ai, Que Saudades do Lago!", do Núcleo Informal de Teatro, que tem apresentações nesta quarta (28) e quinta-feira (29) pela Mostra Oficial do Festival de Teatro de Curitiba.

Mesmo com tantas facetas, Lago sempre foi mais conhecido do grande público pelas suas atuações nas telenovelas. Como ator, participou de "Casarão", "Pecado Capital", "Brilhante" e outras. No cinema, atuou no filme "Terra em Transe", de Glauber Rocha. Outro lado que também é razoavelmente conhecido é o do compositor. São dele os sucessos "Atire a Primeira Pedra" e "Ai, que saudades da Amélia" – compostos em parceria com Ataulfo Alves -, canção que, em forma de trocadilho com o nome do autor, dá nome a peça.

A montagem, um "musical carioca", como define o produtor, autor do texto e ator da peça Marcos França, narra histórias de Mario Lago de forma franca e aberta com a platéia. A distinção que França enfatiza diz respeito à forma do musical, que se distância do modelo americano, mais convencional e influenciado pelo formato das montagens da Broadway, no qual há pausas na narrativa para que se cante e dance as músicas. "[Mario Lago] era um homem tão simples e brasileiro que não cabia fazer uma coisa americanizada", afirma o produtor.

A peça é, portanto, uma grande homenagem a Mario Lago que completaria 95 anos em 2006 – o artista faleceu em 2002 de complicações respiratórias em decorrência de enfisema pulmonar. O espetáculo já fez cinco temporadas no Rio de Janeiro e foi visto, segundo a produção, por mais de 30 mil espectadores em 2006. "Procuramos contar a história da vida dele e suas muitas facetas", explica França.

No palco, não é um ator em específico que interpreta Lago. Todos narram histórias sobre o artista, fazendo citações dele. "A gente entende que o Lago é um homem bastante presente na nossa memória. Por isso não precisamos interpreta-lo no sentido estrito", explica Marcos França. Os atores ainda cantam as músicas do homenageado, num total de 18 canções em uma hora e meia de apresentação. A ambientação foi feita para que o teatro remeta às antigas rádios dos anos 40 e 50.

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Serviço: "Ai, Que Saudades do Lago!". Quarta (28) e quinta-feira (29), às 20h30. Auditório Salvador de Ferrante (Guairinha). Rua XV de Novembro, s/n. Centro. Fones: 3304-7900 / 3304-7999. Ingressos: R$ 26,00 e R$ 13,00 (meia).

Bilheteria central: Shopping Omar (Avenida Vicente Machado, 285 ou Rua Comendador Araujo, 268). Atendimento: das 10h às 20h e, no domingo, das 14h às 20 horas. Pagamento: cheque ou dinheiro. Call center: Curitiba (41) 4063-6290, São Paulo (11) 2163-2000, Rio de Janeiro (21) 2169-6600. Pagamento: Visa, MasterCard, Diners e Amex (sujeito a taxas de conveniência e entrega). Internet:www.ingressorapido.com.br.

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