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Até 11 de junho de 1982, a imagem que os extra-terrestres tinham no planeta Terra não era nada boa. Seja como invasores cruéis, seres horripilantes, marcianos mal-intencionados ou criaturas assassinas, o cinema sempre os mostrara como vilões. Mas não podiam ter arranjado um relações-públicas melhor. Steven Spielberg cativou o mundo todo com o frágil e bonzinho ser de pescoço longo e olhos grandes de "E.T.", o filme que mudou a cara dos extra-terrestres, e do próprio cinema, para sempre.

Nesta segunda-feira (11), "E.T. - o extra-terrestre" completa 25 anos. Ao contrário de seus protagonistas humanos, entre eles a jovem Drew Barrymore, então com apenas sete anos, o filme não envelheceu quase nada. Continua sendo uma das mais bem realizadas histórias sobre a amizade já levadas aos cinemas. Indicado a nove prêmios Oscar, incluindo melhor filme e melhor diretor, ganharia quatro, mas apenas em categorias técnicas, perdendo nas principais para "Gandhi", de Richard Attenborough.

Ficou em primeiro lugar nas bilheterias durante três meses seguidos, batendo, em números absolutos, o até então insuperável "E o vento levou", que detinha o recorde de filme mais visto desde 1939. Depois de dois relançamentos, um em 1985 e outro em 2002 (criticado por alterar digitalmente algumas cenas), quase chegou à casa dos US$ 800 milhões. É, atualmente, o 17º filme de maior bilheteria de todos os tempos.

Tudo graças a um personagem criado às pressas pelo especialista em efeitos visuais italiano Carlo Rambaldi - não sem antes jogar US$ 700 mil fora em modelos que não deram certo - e que ganhou a voz da veterana atriz Pat Welsh, que recebeu o equivalente a dois salários mínimos do Brasil por nove horas de trabalho e nem teve o nome devidamente creditado. Sim, a voz de E.T. é de uma mulher.

Seja como for, o E.T. de Spielberg, que na época costumava se definir como alguém cujo desenvolvimento mental havia parado aos 19 anos, foi o filme mais visto de 1982 e deu uma cara amigável aos seres de outros planetas. Antes dele, apenas o criptoniano Superman ganhara o status de herói no cinema, mas, com uma aparência normal de humano, ele nunca foi encarado como um extra-terrestre. Já E.T., como bem definiu Henry Thomas, que fez o papel de Eliott, se tornou para o público a mesma coisa que ele viu com os olhos de um menino de dez anos: "Para mim, ele era uma pessoa".

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