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O revival dos anos 80 já está passando (espera-se que termine em breve!), mas ainda consegue render uma divertida comédia como Letra e Música, uma das estréias de hoje nos cinemas. A produção não é ambientada na época dos blazers com ombreiras e dos penteados para lá de estranhos, mas rememora muita coisa dessa fase contando a história do cantor Alex Flatcher, vivido pelo ator inglês Hugh Grant (Um Grande Garoto).

A hilária seqüência de abertura dá o tom do filme, apresentando um videoclipe da PoP, antiga banda do personagem, sucesso na década de 80 e que tinha o estilo visual do Duran Duran e congêneres do período. Flatcher liderava o grupo ao lado de Scott Porter (Colin Thompson), que abandonou os parceiros e conseguiu uma carreira-solo vencedora.

O protagonista do filme acabou caindo no ostracismo e vive, nos dias de hoje, de apresentações em feiras, reencontros de turmas colegiais dos anos 80 e até parques de diversões. Mas, os pedidos de shows começam a rarear e Ritley (Brad Garrett, da extinta série Everybody Loves Raymond), agente de Flatcher, decide recolocá-lo no mercado para conseguir um novo público.

Surge a oportunidade de compor uma música para Cora Corman (Haley Bennet) jovem cantora teen (uma mistura de Britney Spears e Christina Aguilera, com pitadas de Shakira!) e maior sucesso do momento. O problema é que Fletcher só criava as melodias na época do PoP; as letras ficavam a cargo de Scott. Ele tem poucos dias para fazer a canção, que tem título e tema definidos. O músico encontra uma parceira inusitada de composição em Sophie Fischer (Drew Barrymore), moça que rega as plantas de sua casa.

A trama passa então a seguir a cartilha das comédias românticas – atração, separação e união feliz –, mas vale acompanhar tudo o que acontece pelo bom trabalho do diretor e roteirista Marc Lawrence (de Amor à Segunda Vista, também estrelado por Hugh Grant, ao lado de Sandra Bullock), que destaca um divertido e simpático olhar para a música e as coisas da década de 80, e pelo carisma da dupla protagonista.

Uma das maiores qualidades de Grant é saber rir de si mesmo e não se importar muito em formar uma imagem de grande astro do cinema. Assim como em Um Grande Garoto, em que interpretava um homem fútil que vivia as custas da herança do pai, o inglês cai como uma luva na pele do decadente cantor que alegra os que já está chegando aos 40 e ainda relembram com saudosismo a adolescência. Drew encarna novamente o papel da doce e "esquisita" garota que se mostra muito mais interessante do que parece, saindo-se bem como sempre. Letra e Música é prato cheio para quem ainda não esqueceu a década dos mullets e para divertir aqueles que acham todo esse culto ao passado muito estranho. GGG1/2

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