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Nelson Sargento, compositor | Henry Milléo/Gazeta do Povo
Nelson Sargento, compositor| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Música

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O sambista mangueirense Nelson Sargento tem uma relação muito próxima com Curitiba. Desde que veio à cidade para ministrar a Oficina de Música Popular, no ano 2000, Nelson fez amigos, seguidores e uma série de shows.

"É uma ligação muito bonita. Aqui fiz shows para duas mil pessoas que cantavam meus sambas. Jamais esperava que tivesse este público aqui. Por isso adoro esta cidade", conta.

Sargento volta a Curitiba hoje, para um único show, às 20h, no Sesc da Esquina, em que comemora seus 90 anos de vida – completados no último mês de julho.

"É uma idade bonita. Tomara que eu faça 91", ri. "A única coisa ruim da idade é o que é perfeitamente natural, como a artrose. O resto tá ótimo. Vou driblando as agruras da vida", ensina.

Acompanhado do parceiro e violonista Agenor de Oliveira, e do filho e percussionista Ronaldo Mattos, além de uma banda de bambas curitibanos, Nelson vai apresentar suas composições mais famosas e alguns clássicos que guarda na memória, reconhecida no mundo do samba como a mais privilegiada do país.

"Vai ter ‘Falso Amor Sincero’, ‘Ciúme Doentio’, ‘Idioma Esquisito’ e, claro, ‘Agoniza, Mas Não Morre’. Este é o meu samba fatal. Eu não posso deixar de cantar", diz.

Trajetória

A história da música de Nelson sargento começou no Morro da Mangueira, na zona norte do Rio de Janeiro, na década de 1930. Ele mudou-se do Salgueiro para lá aos 12 anos, com a mãe e logo foi adotado pelo sambista Alfredo Português, um marinheiro luso que cometia seus poemas batucando nos tamancos.

Seis anos depois, Nelson serviu o exército, até chegar à patente que transformou em nome de guerra. A coisa mudou de patamar quando, em 1964, integrou ao lado de Zé Kéti, Paulinho da Viola e outros o conjunto A Voz do Morro, formado no lendário Zicartola em 1964, e fez parte do musical Rosa de Ouro, no ano seguinte. Ali trocou a profissão de pintor de paredes pela de músico.

"Nunca imaginei que viajaria o mundo todo com minha música. Eu servi o exército para me libertar. Fiquei lá quatro anos. Quando dei baixa, eu só sabia fazer duas coisas: pintar parede e cantar samba."

Para o futuro, Nelson, que também é um concorrido artista plástico, planeja mudanças de rumo. "Acho que chegou o momento de mudar a o meu estilo nas artes plásticas. Estou mudando da figuração para a abstração. Vou parar de desenhar bonecos", afirma.Nelson Sargento

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