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Elton John se apresenta no Brasil neste fim de semana, com shows no Rio e em São Paulo | Reuters
Elton John se apresenta no Brasil neste fim de semana, com shows no Rio e em São Paulo| Foto: Reuters

Elton John no Brasil

São Paulo

Quando: 17 de janeiroOnde: Arena Skol AnhembiQuanto: Pista Premium - Esgotados / Pista - R$ 250 e R$ 125 (meia/estudante)Venda de ingressos: No site www.ingresso.com.br e nas bilheterias do Estádio do Pacaembu, entre 9h e 18h (nos dias de jogo, a bilheteria não funciona). Nas bilheterias, o pagamento só pode ser feito em dinheiro e há limite de quatro ingressos por pessoa.

Rio de Janeiro

Quando: 19 de janeiroOnde: Praça da ApoteoseQuanto: Pista Premium - Esgotados / Pista - R$ 250 e R$ 125 (meia/estudante)Venda de ingressos: No site www.ingresso.com.br e nas bilheterias do Flamengo, entre 10h e 19h. Nas bilheterias, o pagamento só pode ser feito em dinheiro e há limite de quatro ingressos por pessoa.

  • Músico no show

A última apresentação ao vivo de John Lennon foi ao lado dele: Elton John havia ganhado uma aposta (de que a música "Whatever gets you thru the night", do ex-Beatle, chegaria ao primeiro lugar nas paradas), e Lennon subiu ao palco pela última vez em novembro 1974, para cantar a música em questão em um show de John. São fábulas como essa, aliadas aos números e ao sucesso de crítica, que fazem de Sir Elton Hercules John uma das maiores personalidades da música pop.

São 250 milhões de discos vendidos em todo o mundo, o single em CD mais vendido da história ("Candle in the wind 1997", homenagem póstuma à princesa Diana, de quem era amigo, vendeu 37 milhões de cópias), 9 canções no topo das paradas norte-americanas, cinco Grammys, um Oscar, 40 anos de carreira solo e 61 anos de idade. Gravou e tocou ao vivo com inúmeros músicos, de diferentes estilos, de Lennon e The Who aos metaleiros do Saxon, os Guns N' Roses e George Michael.

Reconhecido mundialmente pelos figurinos espalhafatosos e por uma coleção de óculos interminável usados nos anos 70 - muitas vezes para seu próprio arrependimento, como quando conheceu Sting enquanto estava fantasiado de Minnie Mouse - o músico inglês nascido Reginald Kenneth Dwight,(mudou seu nome legalmente em 1972 para Elton Hercules John), não deixa de se espantar até hoje: "Nossa, tive uma vida maravilhosa", dizia a si mesmo em uma entrevista em 2006 à revista "Mojo".

Carreira

O pontapé inicial na carreira solo foi dado em 1969, com o álbum de estreia "Empty sky". Até então, John havia liderado uma banda chamada Bluesology e trabalhado com seu maior parceiro de composições, o letrista Bernie Taupin, como compositores para os artistas da gravadora DJM.

"Empty sky" não foi muito longe em termos de sucesso na Inglaterra, e o disco seguinte, "Elton John", parecia fadado a seguir o mesmo caminho. Até que o álbum caiu nas mãos do empresário Russ Regan, do outro lado do Atlântico. Diretor da Uni Records, que havia acabado de adquirir os direitos de John nos EUA, Regan se encarregou de promover agressivamente o então desconhecido cantor no país.

E o início do sucesso de John não poderia ser menos chamativo: para seu primeiro show promocional nos EUA, em 1970, Regan mandou um ônibus de dois andares vermelho buscar a banda e John no aeroporto, com um aviso escrito "Elton John chegou". "Nós estávamos morrendo de vergonha", disse John um ano depois, em entrevista à "Rolling Stone".

Mas foi o show daquela noite que definitivamente transformou John em popstar praticamente da noite apara o dia. Apresentados por Neil Diamond e com Quincy Jones e Henry Mancini na platéia, John e sua recém formada banda botaram fogo no palco. Dois dias depois uma resenha da apresentação no jornal LA Times declarava: "O rock tem uma nova estrela" - e pelos anos seguintes, essa estrela seria Elton John.

O período entre 1970 e 1976 foi o momento mais fértil na carreira do cantor - foram dez álbuns em sete anos. Todos os álbuns de John entre "Honky château", de 1972 e "Rock of the Westies", de 1975 chegaram ao primeiro lugar nas paradas dos EUA. Para suas turnês, contava com um transporte especial: um avião particular, o Boeing 707 The Starship.

Bissexualidade

Boa parte dos hits da carreira do cantor vêm dessa época, incluindo "Rocket man", "Crocodile rock", "Bennie and the jets" e "Don't let the sun go down on me". Em 1976, John tornou-se um dos primeiros grandes pop stars a assumir sua bissexualidade, em uma entrevista de capa para a "Rolling Stone".

Tanto trabalho forçou John a uma pausa: "Eu estava esgotado, trabalhando demais". O cantor diminuiu o ritmo, mas voltou a trabalhar em 1978 - e, no ano seguinte, foi o primeiro pop star a fazer uma turnê na então União Soviética.

Os anos 80 viram Elton John consolidar sua fama e, ao mesmo tempo, afundar no vício em cocaína. John conta que ficava trancado em seu quarto, acompanhado apenas da droga: "Uma vez George Harrison foi até a minha casa, tentar me ajudar, e saiu de lá me xingando", contou John à "Mojo".

É dessa época o disco que John considera o pior de sua carreira, "Leather jackets", de 1986. O vício se estendeu até a década de 1990, mas John finalmente livrou-se dos problemas com drogas. Durante os anos 90, passou a dedicar-se a novos projetos. Com a trilha sonora do desenho "O rei leão", da Disney, faturou um Oscar de melhor música, enquanto o musical baseado na ópera "Aída", de Giuseppe Verdi lhe rendeu um Tommy.

A década também viu o luto de John ser reproduzido em escala mundial quando "Candle in the wind 1997", homenagem à princesa Diana, morta em um acidente de carro, tornou-se um dos singles mais vendidos do mundo, perdendo apenas para "White Christmas", de Bing Crosby.

Com um elogiado 29º disco ("The capitain & the kid", de 2006, continuação autobiográfica de "Captain Fantastic and the Brown Dirt Cowboy", de 1975), Elton John chegou aos 60 anos com tranquilidade – incluindo a união civil com seu namorado David Furnish, em 2005. E é com a mesma tranquilidade de quem é quase unanimidade na música pop, que Elton John deve subir ao palco em São Paulo e no Rio e começar, mais uma vez nesses quase quarenta anos, a cantar seu primeiro hit, "Your song".

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