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Túmulo estava protegido por uma muralha dupla construída em uma colina artificial | MENAHEM KAHANA/AFP PHOTO
Túmulo estava protegido por uma muralha dupla construída em uma colina artificial| Foto: MENAHEM KAHANA/AFP PHOTO

Uma das aquarelas mais importantes do pintor impressionista francês Paul Cézanne foi vendida na terça (8) por US$ 25,5 milhões, o segundo preço mais alto pago por uma obra sobre papel num leilão.

"Natureza morta com melão verde", pintada entre os anos 1902 e 1906, foi adquirida no leilão de arte impressionista e moderna da Sotheby's por um comprador anônimo. O valor superou a estimativa da firma, que era de US$ 18 milhões.

Com o preço de venda, que inclui as comissões da casa de leilões, a aquarela de Cézanne se torna a segunda obra sobre papel mais cara vendida num leilão. O recorde é de um Picasso, com US$ 38 milhões.

Foi a terceira vez que a Sotheby's vendeu o quadro. A primeira foi em 1978, e a segunda em 1989. Ele é considerado um exemplo de um dos gêneros mais distintivos de Cézanne.

Mas a grande surpresa da noite foi "Jesuítas III" (1915), do expressionista de origem alemã Lyonel Feininger. O quadro foi vendido por US$ 23,2 milhões, muito acima da estimativa de US$ 9 milhões e do recorde do artista, que era de US$ 7,6 milhões.

De cores brilhantes e estilo cubista, a pintura mostra sacerdotes abordando uma prostituta, e ilustrava a capa do catálogo do leilão. Foram vendidas 55 das 61 obras oferecidas, por um total de US$ 278 milhões.

O total é o segundo mais alto na história das vendas de arte impressionista e moderna da Sotheby's. O recorde, de US$ 286 milhões, foi alcançado em maio de 1990.

"O mais importante deste resultado é que ele não foi alcançado por uma única venda de milhões de dólares, mas por uma extensa seleção de obras de qualidade", disse à imprensa David Norman, especialista encarregado do leilão.

A ampla variedade de obras em oferta e os bons resultados obtidos por trabalhos em papel de Cézanne, pinturas expressionistas e de artistas menos conhecidos refletem uma mudança no gosto dos colecionadores.

Segundo Norman, "os colecionadores valorizam atualmente boas obras sobre papel, esculturas de primeira, obras de vários períodos e técnicas de Picasso e pinturas que ficaram em coleções privadas por décadas".

Outras surpresas foram artistas expressionistas menos conhecidos, como os recordes obtidos por Theo Van Doesburg, de US$ 4,1 milhões (o anterior era de US$ 607.500), e Marino Marini, de US$ 7 milhões (antes, US$ 2,9 milhões).

Dos artistas mais conhecidos, os destaques foram quatro Picassos, um Matisse, um Miró, uma obra de Fernand Leger e outra de Marc Chagall, que ficaram entre os dez valores mais altos da noite.

"Cabeça de Arlequim", da "fase rosa" de Picasso, foi vendido por US$ 15,1 milhões. A obra nunca tinha sido leiloada.

"Odalisca cinza e amarela", de Matisse, foi arrematada por US$ 14,7 milhões; "O grande circo", de Chagall, por US$ 13,7 milhões; "Fábricas", de Leger, por US$ 14,3 milhões; e "Pintura (O cavalo do circo)", de Miró, por US$ 8,4 milhões.

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