Arnaldo Antunes faz show no Teatro Positivo

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Nos planos originais de Arnaldo Antunes, 2013 seria um ano para encerrar com tranquilidade a turnê de seu trabalho anterior, Acústico MTV (2012). Mas uma safra de novas canções mudou totalmente o percurso do compositor e do grupo que o vem acompanhando desde o álbum Iê Iê Iê (2009): Antunes acabou lançando um novo trabalho de inéditas e inflamou sua sonoridade com Disco, o eixo da apresentação do artista em Curitiba nesta sexta-feira, às 21h30, no Teatro Positivo, em que sobe ao palco acompanhado por Curumin (bateria), Edgard Scandurra (guitarra), Betão Aguiar (baixo), Chico Salem (guitarra e violão) e André Lima (substituindo Marcelo Jeneci nos teclados e sanfona).

Mais da metade das faixas do recém-lançado trabalho será tocada no show, que costura as novas canções a composições de discos anteriores.

"Fui pensando em preencher os espaços, não de maneira solta, mas com o que tem afinidade do novo repertório", explica Antunes, em entrevistas por telefone para a Gazeta do Povo.

Para o cantor, Disco segue a linha de uma diversificação e total liberdade de estilos que marcou trabalhos anteriores como Um Som (1998) e Saiba (2004).

O álbum mostra sua faceta mais pop em "Dizem", "Sou Volúvel" e "Querem Mandar", que puxam para o repertório canções antigas como "Consumado" e "Grávida".

"Azul Vazio" traz uma pegada mais serena, que atrai músicas como "Saiba" e "Meu Coração". E o rock mais pesado de "Vá Trabalhar", "Ah, Mas Assim Vai Ser Difícil" e "Sentido" conversa com "Medo" (Titãs) e "Fora de Si".

"É um show de certa forma mais quente. Estamos saindo de um ano e meio do acústico para voltar a um show mais pesado, elétrico, dançante", explica o cantor.

Intervalo

Produzido nos intervalos da turnê anterior, Disco teve faixas divulgadas na internet antes do lançamento. Integradas ao álbum, as canções se encaixaram a elos temáticos, na concepção clássica de um álbum fechado. A ideia de Antunes foi brincar justamente com estes conceitos.

"Chamar esse disco de Disco tem a ver com o fato de a gente ter possibilidade de lançar coisas avulsas, sem necessidade de um conjunto", explica.