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Kit Harrington, o John Snow de Game of Thrones, vive o gladiador Milo, protagonista de Pompeia | Divulgação
Kit Harrington, o John Snow de Game of Thrones, vive o gladiador Milo, protagonista de Pompeia| Foto: Divulgação

Cinema

Veja este e outros filmes no Guia JL.

A antiguidade dos romanos já rendeu ao cinema alguns títulos importantes, por diferentes razões. Dos vencedores do cobiçado Oscar de melhor filme, como Ben-Hur (1959), de William Wyler, e Gladiador (2000), dirigido por Ridley Scott, ao clássico de Stanley Kubrick, Spartacus (1960), esse período histórico dá tréguas, mas nunca sai completamente de moda. Talvez porque, muitas vezes, sirva de pretexto para falar, por vias indiretas, enquanto alegoria ou metáfora, sobre os crimes, pecados e excessos cometidos por outro império, este contemporâneo, cujo símbolo também é uma águia: o norte-americano.

Pompeia, longa-metragem de Paul W. S. Anderson, de vários títulos da franquia Resident Evil, não parece ter a pretensão de ser tão transcendente assim. É, ao mesmo tempo, um filme sobre gladiadores, mas sem o peso de discussão política de seu ancestral dirigido por Kubrick, e uma obra de cinema-catástrofe, já que tem como clímax a destruidora erupção do vulcão Vesúvio, em 79 d.C (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

Essa opção, no entanto, tem menos a ver com as raízes cinematográficas do gênero e estar mais ligada ao sucesso de séries televisivas, como Roma, exibida entre 2005 e 2007, em duas temporadas, e Spartacus, que rendeu três levas de episódios e uma prequel, de 2010 a 2013. Com essas produções, o filme tem ligação direta, por conta do período histórico, mas Pompeia também parece buscar o público que tem feito os livros e a série Game of Thrones um sucesso internacional. Não por acaso, seu protagonista, o gladiador Milo, é vivido pelo ator britânico Kit Harrington, o John Snow do seriado baseado nos livros de fantasia épica de George R. R. Martin.

O personagem é de origem celta e sua família foi dizimada pelas tropas romanas na Grã-Bretanha, sob o comando do cruel senador Corvus (Kifer Sutherland, do seriado 24 Horas). Escravizado, ele é levado à cidade de Pompeia, no sul da Península Itálica, onde enfrentará outros gladiadores em uma grande festividade local, chamada Vinalia. Já no caminho, ele conhece Cassia (Emily Browning, de Beleza Adormecida), jovem filha do governante de Pompeia, Severus (Jared Harris, da série Mad Men), também seu proprietário. A atração entre os dois jovens é quase imediata.

Enquanto isso, o Vesúvio começa a dar sinais de que está prestes a entrar em erupção, mas ninguém tem noção da tragédia que se aproxima.

Com um orçamento de US$ 100 milhões, Pompeia tem um roteiro previsível, para não dizer raso, e se sustenta no bom elenco e nos seus valores de produção, como direção de arte, figurinos e efeitos visuais e sonoros. Para atingir um público maior e mais jovem, não tem o erotismo, tampouco a violência gráfica, que transborda nas séries que abordam o mesmo período. Não deve, portanto, fazer história. GG

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