O espanhol Isidro Blasco insere em suas esculturas características urbanas das metrópoles que retrata| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Exposição

Isidro Blasco

SIM Galeria (Al. Presidente Taunay, 130A – Batel), (41) 3322-1818. Individual do artista espanhol. Visitação de terça a sexta-feira, das 10h às 19 horas. Sábados, das 10h às 18 horas. Até 31 de maio. Entrada franca.

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Mosaicos com fragmentos de metrópoles, que não são categorizados de imediato pelo espectador são as marcas do artista visual Isidro Blasco, que trouxe seus trabalhos mais recentes a uma exposição individual na SIM Galeria, que o representa no Brasil. A obra do artista de 52 anos, nascido em Madri, foge do convencional e, de certa forma, coloca o visitante no centro de grandes metrópoles – sobretudo, da cidade onde vive e trabalha atualmente, Nova York.

Com exposições individuais, Blasco já apresentou obras em museus como o Queens Museum (Nova York), no Reina Sofia, (Madri), Museu de Arte e Desenho Con­tem­porâneo (Costa Rica), além de ter par­­ticipado da Bienal de Fotografia de Helsinki, em 2012, na Finlândia, e da 1.ª Bienal Internacional de Fotografia do Museu de Arte de São Paulo (Masp), no ano passado.

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Em passagem por Curitiba, Blasco conversou com a Gazeta do Povo sobre o seu trabalho e a influência da cidade em suas obras. Em outubro, o artista inaugura outra exposição, no Museu Municipal de Arte (Muma), com vídeos realizados do alto de edifícios de Curitiba. Confira os principais trechos da conversa:

Entre as 25 obras em cartaz, há algumas que retratam Curitiba, como o Centro da Cidade e o Mu­seu Oscar Niemeyer. Como escolheu esses locais?

Em abril do ano passado estive aqui e selecionei os espaços andando pela cidade, não teve uma escolha prévia. É um encontro intuitivo com os lugares, fui caminhando e, o que me chamava atenção, ia fotografando. Depois, no estúdio, observava os elementos das imagens com cuidado.

E você gosta de Curitiba?

Vim em abril do ano passado para fazer as fotografias. Dessa vez, fiquei na cidade dez dias. É uma cidade encantadora, muito limpa, tranquila, dinâmica e agradável de viver. Já tinha estudado o urbanismo de Curitiba na universidade [é graduado em Arquitetura e Urbanismo, além de Artes], e sempre tive vontade de ver como a cidade funciona.

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O seu trabalho é difícil de categorizar. Como você o define?

Eu costumo considerá-lo mais como escultura, porque tem uma tridimensionalidade. São as dimensões e imagens [usa de dez até 100 para uma composição] que dão uma perspectiva única.