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A Casa França-Brasil amanheceu com ares japoneses nesta quarta-feira. O desfile do estilista Walter Rodrigues revisitou o país que tanto o inspirou em coleções passadas, desta vez deixando de lado referências a samurais e origamis para explorar um Japão feminino, simbolizado pelas gueixas.

E foi justamente uma canção tirada da trilha sonora do filme "Memórias de uma gueixa" que abriu o desfile, com a entrada da exótica modelo Juliana Imai. As modelos apareciam por entre luminárias brancas e redondas penduradas no corredor do lado esquerdo da casa, que serviu de ponto de entrada para o desfile.

O olhar sobre a cultura oriental veio traduzido em longos vestidos de cauda, que arrastavam no rústico piso de pedras da Casa França-Brasil. Costuras geométricas foram usadas para moldar curvas femininas em saias e vestidos, tendo seus desenhos destacados pela linha branca sobre tecidos escuros. O jeans, de um azul escuro quase negro, cresceu e apareceu em vestidos longos de golas generosas e em saias recortadas, desenhadas por zíperes.

A cintura veio marcada por corpetes e por faixas amarradas sobre casacos volumosos. O estilista brincou com volumes e mescla de tecidos de diferentes pesos, como georgette sobre couro e organza sobre malha. A última combinação gerou um efeito etéreo nos looks que fecharam o desfile, com fluidos vestidos de malha sobrepostos por volumosas capas de organza - uma delas formando um delicado quimono, vestido pela top Carol Trentini para fechar o desfile.

Walter explorou uma cartela de cores sóbria, majoritariamente composta por preto, azul-marinho, cinza, verde e marfim. A seriedade era quebrada por tecidos como a pelica de couro metálico, com tom entre prata e bronze, e por texturas diferenciadas, como pelúcias com efeito de crosta ou estampas de leopardo, além de barbantes usados ora para amarrar a cintura, ora para compor as alças e as costas decotadas de um vestido. O visual se completava com volumosas penteados de gueixa, ornamentados por plumas de texturas diversas.

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