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Dennis Hopper ficou conhecido por dirigir e estrelar o clássico cult "Dem Destino" | Reuters
Dennis Hopper ficou conhecido por dirigir e estrelar o clássico cult "Dem Destino"| Foto: Reuters

O ator hollywoodiano Dennis Hopper, mais conhecido por ter dirigido o filme "Sem Destino" (Easy Rider), um clássico de 1969, no qual também atuou, morreu neste sábado (29) de complicações decorrentes de câncer na próstata, informou um amigo dele. Hooper tinha 74 anos.

O ator morreu em sua casa em Venice, subúrbio costeiro de Los Angeles, às 8h15 (12h15 no horário de Brasília), rodeado por parentes e amigos, disse à Reuters o amigo Alex Hitz.

Ao longo de mais de 50 anos de uma carreira variada, Hopper atuou ao lado de seu mentor James Dean em "Rebelde sem Causa" e "Assim Caminha a Humanidade", na década de 1950, e interpretou maníacos em filmes como "Apocalypse Now", "Veludo Azul" e "Velocidade Máxima".

Hopper recebeu duas indicações para o Oscar - pelo roteiro de "Sem Destino" (elaborado em conjunto com Peter Fonda, com quem contracenou no filme, e Terry Southern), e por uma comovente história de um treinador de basquete alcoólatra, em "Momentos Decisivos".

Considerado um dos maiores filmes do cinema norte-americano, "Sem Destino" ajudou a fazer emergir uma nova era em Hollywood, na qual a velha guarda foi forçada a ceder poder para cineastas jovens, como Francis Ford Coppola e Martin Scorsese.

O filme, um sucesso de bilheteria feito com baixo orçamento, originalmente concebido por Fonda, levou para o grande público do cinema temas como tráfico de cocaína, consumo de maconha e ciclistas cabeludos.

"Nós olhávamos para toda a década dos 60 e ninguém havia feito um filme com alguém fumando maconha sem sair por aí e matar um punhado de enfermeiras", disse Hopper ao semanário Entertainment Weekly, em 2005. "Eu queria que 'Sem Destino' fosse uma cápsula do tempo sobre aquele período."

Hopper e Fonda atuaram ao lado de Jack Nicholson, então um desconhecido, que fazia o papel de um advogado alcoólatra. Mas não foi uma convivência harmoniosa. Hopper brigava violentamente com todo mundo e, mais tarde, Fonda o descreveria como "um excêntrico um pouco fascista". A amizade se acabou.

Hopper ficou doente em setembro, mas continuou trabalhando quase até o fim, tanto na série de TV a cabo "Crash" como em um livro de fotos suas. Seus últimos meses de vida foram consumidos também por um amargo divórcio de sua quinta mulher, Victoria Duffy.

Na realidade, a vida privada de Hopper nunca foi monótona. Seus casamentos incluem uma união de apenas oito dias, em 1970, com Michelle Phillips, do conjunto The Mamas and Papas, que mais tarde diria à revista Vanity Fair ter sido submetida a um tratamento "excruciante".

Hopper deixou quatro filhos.

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