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O histórico e lotado Theatro São João lembrava algum tempo remoto, com crianças dependuradas nas sacadas, senhorinhas muito perfumadas e jovens flertando com moças acompanhadas dos pais. Nesse cenário, relacionado a uma certa época da inocência, o ator Guilherme Weber recebeu, na noite da última quinta-feira, o Troféu Tropeiro, destinado a personalidades com trajetória marcante no cenário artístico paranaense.

A condecoração, entregue em outros anos a nomes do quilate de Ary Fontoura e Paulo Betti, reconheceu uma carreira intensa, que já tem duas décadas.

"É até difícil explicar a emoção de retornar à Lapa para receber esse prêmio. Parece que viajamos o mundo, mas a felicidade de ser reconhecido é maior em nossa casa", afirmou o ator.

Emocionado, ele dedicou o prêmio à mãe, Edna Weber, que morreu recentemente, e tinha uma relação muito forte com o festival. "Ela ficaria muito feliz de me ver chegar aonde cheguei."

A vida de Weber não anda fácil. Além de ter estreado recentemente na direção com o filme Deserto, ele está em turnê teatral comemorativa aos 60 anos de carreira de Eva Wilma. Também está prestes a iniciar as filmagens do aguardado Meu Amigo Hindu, novo filme de Hector Babenco, e em gravação de nova temporada do seriado O Negócio, da HBO. "Nem sei como consegui vir hoje. A vida está tão intensa que vai chegar um momento em que virarei um holograma", brincou Weber.

A programação da quinta-feira fechou com Não Pare na Pista, de Daniel Augusto, cinebiografia do escritor Paulo Coelho e um dos quatro filmes da Mostra Competitiva.

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