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A vida conjugal em nada afetou o comportamento apimentado do fenômeno canadense Avril Lavigne, que se casou ano passado com o vocalista Deryck Whibley, do Sum 41. Pelo contrário. A cantora, de 22 anos, só quer se divertir. Em entrevistas recentes sobre seu novo disco, "The best damn thing", Avril disse que os trabalhos no estúdio foram regados a muita bebida e descontração e que estava bêbada quando compôs "Girlfriend", o maior hit do CD.

— Muita gente achou que o casamento influenciaria minha música. Mas isso não aconteceu. Continuo a mesma. É o meu disco mais energético. Foi divertido gravar e vai ser ainda mais legal nos shows — conta ela à Megazine, por telefone, de Los Angeles.

Quando o assunto álcool surge no papo, no entanto, ela tenta bancar a "responsável":

— Acredito em moderação. Já bebia na adolescência, sempre com responsabilidade. Mas acho normal adolescentes ficarem bêbados em festas.O mundo conheceu Avril em 2002, quando ela lançou "Let go", disco de melodias empolgantes e letras superficiais, transmitindo o jeito moleque de uma menina que andava com skatistas e não gostava de complicar as coisas. Em 2004, veio "Under my skin", mais sério, com mais canções lentas. Nada menos que 27 milhões de cópias dos dois álbuns foram vendidas. A garota nascida na pacata cidade de Ontario, no início comparada à conterrânea Alanis Morissette, tornara-se uma celebridade por vezes citada na mesma frase que a popstar Madonna.

— É um sonho. Gosto de ser um exemplo porque sou honesta. Nas letras, falo sobre ser forte e, nas entrevistas, gosto de dizer coisas como "fique longe das drogas". Acho que adolescentes se drogam porque estão entediados ou tristes — afirma Avril, que conhece o lado ruim da fama. — O pior é a falta de privacidade. Em Los Angeles, tem muitos paparazzi que me perseguem quando quero sair. Mas converso com eles e fica tudo bem.

Não é bem assim. A cantora vem ganhando reputação por destratar este tipo de fotógrafo, que faz de tudo para conseguir imagens — de preferência, constrangedoras — de celebridades. Ela sempre criticou os paparazzi, mas de uns meses para cá passou a chamá-los de parasitas. Na sua festa de aniversário do ano passado, em Los Angeles, Avril chegou a cuspir num deles.

Ela pode reclamar do assédio exagerado, mas deve reconhecer que está dando pano para manga. Avril não busca tanta atenção quanto personalidades endiabradas como Paris Hilton, Britney Spears e Lindsay Lohan, mas este mês ela causou polêmica ao posar seminua para a capa da edição de junho da revista americana "Blender". Na hora de se explicar, contou que a sessão de fotos foi muito divertida e embalada por... uísque.

— Sei que as pessoas me julgam muito, o tempo todo, porque sou famosa. Mas lido bem com isso. Simplesmente não leio o que escrevem sobre mim — conta ela.

A cantora que conquistou status de estrela na música pop agora quer um lugar no olimpo do cinema americano. Ela já fez pequenas participações: dublou um personagem da animação "Os sem-floresta" e apareceu no filme "Nação fast food". O próximo passo é estrelar um longa que começa a ser rodado até o início do ano que vem.

— Vai ser um passo importante na minha carreira como atriz. Mas não posso adiantar detalhes. Além disso, estou analisando outros roteiros, selecionando bastante. Prefiro fazer cinco bons filmes do que 30 não tão bons — explica.

Este ano, a cantora canadense não vai fazer muitos shows. A turnê de "The best damn thing" só engrena mesmo em 2008 e ainda não há notícias de uma vinda ao Brasil (ela passou por aqui em 2005). Mas, em apresentações rápidas para promover o disco, Avril já está levando para os palcos toda a diversão que ela planejou ter quando entrou em estúdio.

A maioria das músicas é rápida e são raras as letras sobre experiências pessoais neste álbum. Na música de trabalho, "Girlfriend", ela canta como se quisesse roubar o namorado de outra. Mas Avril garante que nunca tentou isso. Já na faixa "One of those girls", ela critica meninas que gostam de homens com dinheiro e que, segundo a cantora, estão por toda a parte em Los Angeles. As músicas bombardeando caras que não reconhecem o valor da própria namorada, comuns no repertório de Avril, também estão lá.

— É bem diferente do último ("Under my skin"), que tem canções mais sérias. É um disco empolgante — diz.

O tempo e as vendagens vão dizer se os fãs concordam.

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